Quatro funcionários foram presos em uma operação da Polícia Civil suspeitos de torturar e estuprar internos de uma clínica de reabilitação clandestina, em Pontalina, no Entorno do Distrito Federal.
A operação foi deflagrada nesta terça-feira (16) e cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão, nas cidades goianas de Pontalina, Caldas Novas, Abadia de Goiás e Acreúna.
De acordo com a Polícia Civil, outros dois suspeitos de participar do esquema criminoso ainda estão sendo procurados.
Suspeitos de torturar e estuprar internos
As investigações tiveram início depois que o proprietário da clínica foi preso em flagrante. A polícia recebeu denúncias de internos que eram vítimas de torturas, incluindo um menor de idade.
No local, segundo a delegada Tereza Nabarro, responsável pelo caso, os internos eram colocados em uma espécie de “cela de castigo” por vários dias como forma de punição.
“Existia uma cela de castigo, uma sala com grades e cadeados onde eles colocavam os internos por vários dias consecutivos como forma de punição. Eles viviam sendo ameaçados, torturados e humilhados”, disse.
Nabarro ainda informou que os internos eram vítimas de negligência nas áreas de saúde e alimentação.
Segundo a polícia, os suspeitos exerciam funções de autoridades e guarda na clínica clandestina. Eles são investigados pela prática dos crimes de tortura majorada, cárcere privado, estupro de vulnerável e furto qualificado.
Além disso, a maioria dos suspeitos já possui antecedentes criminais, como homicídio, tráfico e roubo.
O caso continua sendo investigado pois a polícia acredita que outras vítimas e testemunhas possam ser encontradas.
“A divulgação da imagem do preso foi procedida nos termos da Lei nº 13.869/2019 e da Portaria nº 547/2021 – PC, conforme despacho do(a) delegado(a) de polícia responsável pelo inquérito policial, de modo que a publicação de sua imagem possa auxiliar no surgimento de novas vítimas e testemunhas que façam seu reconhecimento, além de novas provas, bem como localizar os suspeitos foragidos.”, informou a corporação.