Um empresário de 34 anos foi preso suspeito de matar a companheira, Dayara Talissa Fernandes da Cruz, em Orizona, na região sul de Goiás. Conforme o delegado responsável pelo caso, Kennet Carvalho, até o momento o corpo da jovem ainda não foi encontrado, mas ao que tudo indica, ela não está viva.
Dayara Talissa Fernandes da Cruz, é natural de Diamantino, no Mato Grosso, e tem 21 anos. O casal morava em Orizona e segundo a família de Dayara, o homem não permitia que ela trabalhasse, por isso a jovem não tinha emprego formal.
A jovem teria desaparecido em 10 de março deste ano, em Orizona e a Polícia Civil informou que o próprio suspeito registrou o desaparecimento dela no dia 25 do mesmo mês. Motivo inicial em que a polícia acreditava tratar-se de um caso de desaparecimento.
Empresário suspeito de matar a mulher
O homem chegou a falar com a família da jovem e contar diferentes versões do suposto desaparecimento.
A Polícia Civil tentou cumprir no dia 24 de junho mandados de busca e apreensão, além de mandado de prisão do suspeito. As operações ocorreram sem sucesso em quatro cidades do interior de Goiás. Porém no dia 1º de julho, o homem se entregou.
O delegado Kennet Carvalho informou que as desconfianças começaram após as contradições nas versões contadas pelo suspeito. Por isso, a polícia passou a investigar a possibilidade de ele ter matado a jovem.
A irmã da vítima contou que o homem afirmou aos familiares que havia deixado a jovem em uma rodoviária, mas posteriormente alterou sua versão diversas vezes, afirmando que ela tinha desaparecido de outros locais. Quando questionado pela família, o homem chegou a parar de responder e bloqueou a mãe e a irmã de Dayara.
Segundo a irmã da jovem, o homem era ciumento e violento durante o relacionamento. Ela ainda contou que os dois chegaram a terminar no final de 2023, mas reataram no início deste ano.
“Ele era possessivo, ciumento e estressado. Eles viviam brigando, ela vivia cheia de hematomas pelo corpo”, contou a irmã da jovem.
Buscas pelo corpo
O corpo de Dayara da Cruz não foi encontrado até 4 de julho. A Polícia Civil ainda informou que foram realizadas várias diligências para localizar o corpo da jovem e que os trabalhos continuam.
“Ao que tudo indica, a jovem não está viva, mas ainda estamos realizando outras diligências”, disse o delegado Kennet Carvalho.
A irmã da jovem desabafou que a família está aflita com as buscas.
“São meses de muita aflição. Estamos confiando que a justiça será feita. Viver desse jeito é muito triste”, lamentou Daniela.
Por sua vez, o advogado do empresário disse que apresentou seu cliente na delegacia de Vianópolis em 1º de julho para colaborar com a Justiça.
“O advogado Dr. Divino Diogo afirma em nota que apresentou o seu cliente na delegacia de Vianópolis na tarde do dia 1º de julho, no intuito de colaborar com a justiça, já que havia o mandado de prisão expedido em seu desfavor. O advogado afirma ainda que, pela via processual, irá rechaçar as incongruências contidas no inquérito policial, as quais são baseadas em meros indícios em razão do vínculo afetivo com a suposta vítima, que até o momento não foi encontrada. O objetivo é provar em juízo a negativa de autoria por parte do acusado”.