A influencer Aline Maria Ferreira, de 33 anos, que morreu depois de fazer um procedimento estético, pagou um valor de R$ 3 mil pelo procedimento, conforme a delegada Debora Melo.
A dona da clínica foi presa pela Policia Civil nessa quarta-feira (3) e de acordo com a polícia, deveriam ter sido feitas três sessões de aplicação do polimetilmetacrilato (PMMA), mas Aline morreu depois da primeira sessão.
Influencer morre após procedimento estético
A delegada responsável pelo caso, Debora Melo alegou que a influencer se apresentava como biomédica, porém a mulher nunca cursou biomedicina e não apresentou nenhum diploma de curso superior.
Segundo a polícia, a mulher informou ter feito cursos livres na área da estética e cursado três semestres de medicina no Paraguai, mas não apresentou nenhum certificado, diploma ou forma de comprovação.
Já a clínica em que o procedimento foi realizado, a Vigilância Sanitária identificou que o local não tinha alvará sanitário ou profissional com habilitação técnica responsável. Além disso a delegada contou que no local não foi encontrado nenhum tipo de prontuário de pacientes atendidos pela clínica.
“Lá não tinha prontuário de paciente nenhum. A pessoa pagava, fazia o procedimento e ia embora. Não eram requisitados exames prévios e não tinha contrato de prestação de serviço formalizando a relação entre o prestador e o consumidor”, explicou a delegada.
A dona da clínica é investigada pelos crimes de lesão corporal seguida de morte, exercício ilegal da medicina, execução de serviço de alta periculosidade e crime contra a relação de consumo (ao induzir os consumidores ao erro).
Entenda o caso
Para a Polícia Civil, o marido de Aline contou que ela morreu, no dia 2 de julho, em um hospital particular de Brasília, onde estava internada desde o dia 29 de junho.
Segundo o marido da influenciadora, a cirurgia foi rápida e eles retornaram para Brasília no mesmo dia, com Aline aparentando estar bem. No entanto, no dia seguinte ela começou a ter febre. O marido detalhou ter entrado em contato com a clínica, que justificou que a reação “era normal” e que Aline “deveria tomar um remédio para febre”.
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