O ajudante de pedreiro acusado de matar afogado o menino Danilo Sousa Silva, de 7 anos, foi absolvido durante júri popular, em Goiânia.
Apesar disso, o réu foi condenado a dois anos de prisão em regime aberto por denúncia caluniosa após acusar falsamente o padrasto da criança de cometer o crime.
Como o réu está preso desde 2020, há 3 anos e 11 meses, tempo superior à pena, ela foi considerada como cumprida e o acusado deve ser solto.
A investigação também inocentou o padrasto da criança da acusação de participação. Portanto, quase quatro anos após o crime, ninguém foi condenado como autor do homicídio.
A sentença foi assinada pelo juiz Antônio Fernandes de Oliveira, da 4ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos, na segunda-feira (24).
De acordo com o Ministério Público, a 67ª promotoria do órgão vai recorrer do julgamento, pois entende que a decisão foi contrária às provas dos autos.
Confissão do acusado de matar menino afogado
O menino desapareceu no dia 21 de julho de 2020, depois que saiu de casa dizendo que ia a casa da avó. O corpo dele foi encontrado sete dias depois, no dia 28, em uma área de brejo em uma mata a cerca de 100 metros da residência onde morava.
À época do crime, segundo a polícia, o servente de pedreiro confessou o crime. O padrasto chegou a ser apontado como partícipe, mas foi inocentado.
Conforme as investigações, o suspeito era vizinho da família e atraiu o menino dizendo que pegariam uma pipa que caiu no meio das árvores. A vítima foi afogado na lama no local.
De acordo com o delegado Rilmo Braga, titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), o homem planejou a morte do menino por cinco dias e estava até observando a rotina da família. Além disso, também pensou em como faria para a culpa ser imputada ao padrasto.
A motivação do crime seria ciúmes do servente do pai adotivo, que estava ajudando a família de Danilo. O delegado ainda apontou que acusado tinha revolta do padrasto de Danilo, por isso mentiu para os investigadores.
“Ele sentia ciúmes do seu pai adotivo, o pastor, porque presenciou ajuda financeira para a família de Danilo. O pastor tinha costume de ajudar famílias, mas, nos últimos meses, ele acolhia mais a família do menino”, relatou.