Cacai Toledo que estava foragido desde novembro de 2023 pela morte do empresário Fábio Escobar, foi preso pela Polícia Civil de Goiás na noite dessa segunda-feira (3), em Brasília.
Calos César Savastano, mais conhecido como Cacai, é ex-presidente do Deam (atual União Brasil) de Anápolis e foi coordenador da campanha política do partido ao governo do estado de 2018, em Anápolis.
Nas redes sociais, Cacai conta ser empresário, produtor rural e chegou a ser diretor administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego), porém perdeu o cargo após ser preso em 2020 por suspeita de fraudes em licitações na companhia.
Acusado de matar Fábio Escobar
A Polícia Civil concluiu que o empresário Fábio Escobar foi assassinado no dia 23 de junho de 2021 por vingança após ter denunciado desvios de dinheiro na campanha eleitoral de 2018 do ex-presidente do Democratas, Cacai Toledo.
Na ocasião, Escobar trabalhou com Cacai durante a campanha de 2018 e no ano seguinte passou a denunciá-lo na internet por supostos desvios de dinheiro.
Escobar chegou a publicar um vídeo em que mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil que segundo ele, teria recebido de Cacai, como suborno para que ele parasse com as denúncias.
Durante as investigações, a polícia apontou que Cacai junto com outras pessoas que tem vínculo na Secretaria de Segurança Pública (SSP), utilizou da proximidade com policiais militares para planejar e matar Escobar, com a promessa de que esses policiais seriam promovidos por “ato de bravura”.
A polícia também descobriu que dois dias antes do assassinato do empresário, um PM habilitou uma nova linha de celular furtado por policiais para tentar fechar negócios com Escobar. A investigação concluiu que esse policial foi o responsável por matar Escobar.
Réus pelo crime
Além de Cacai Toledo que foi preso nessa segunda, outros três policiais militares também foram denunciados pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) pela morte de Escobar, no qual todos se tornaram réus pelo crime de homicídio qualificado.
As investigações concluíram que Cacai foi o “autor intelectual” do homicídio de Escobar, sendo o responsável por organizar o crime.
Por sua vez, a defesa de Cacai informou que estava de acordo com as autoridades competentes para apresentar Carlos César Sevastano de Toledo e a única exigência sempre foi de que a vida dele fosse protegida. O advogado ainda alegou que Cacai “teme os verdadeiros mandantes do crime praticado contra Fábio Escobar”.
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