Câmeras de segurança da portaria de um condomínio flagraram o momento que o fisiculturista, de 31 anos, levou a esposa para o hospital em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.
Conforme a delegada Bruna Coelho, responsável pelo caso, a vítima Marcela Luise de Souza Ferreira estava inconsciente e com sinais de espancamento.
No vídeo é possível ver quando o carro do casal deixa o condomínio em que eles moravam. A imagem mostra a data e o horário em que o registro foi feito: 10 de maio de 2024 às 16h19, dia que Marcela deu entrada na unidade de saúde.
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No hospital, ele disse para a equipe médica que ela estava limpando a casa quando escorregou, caiu e convulsionou, o que teria causado as lesões. Ele então deu um banho nela e a levou para o hospital.
No local, os médicos perceberam que as marcas não eram condizentes com os relatos do homem e acionaram a polícia.
Após a internação da mulher, o fisiculturista chegou a fazer uma publicação nas redes sociais afirmando que estava com saudade dela.
“A saudade e a angústia que não acaba mais. Você tem que voltar logo”, escreveu.
Marcela Luise teve traumatismo craniano, oito costelas quebradas e escoriações pelo corpo. Ela ficou 10 dias internada em estado grave, em coma, e morreu na noite de segunda-feira (20).
Mãe da vítima
Em relatos à TV Anhanguera, a mãe da mulher, Maria Aparecida, disse que o homem também contou que ela tinha caído e pediu para que ele cuidasse da filha.
“Vim sem saber o que tinha acontecido com a minha filha. Ele estava sentado no batente da casa dele. Eu sentei ao lado dele. Eu abracei esse homem. Eu pedi força para ele. Eu pedi para ele cuidar da minha filha”.
As investigações da Polícia Civil apontam que o fisiculturista já tem histórico de violência e agrediu a vítima em outra ocasião. Ela conseguiu uma medida protetiva, mas foi arquivada depois que eles reataram o relacionamento.
Defesa do fisiculturista
Em nota, a defesa do fisiculturista lamentou a morte de Marcela e disse que continuará se pronunciando apenas com relação às investigações. Além disso, informou que entrará com pedido para que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Veja a íntegra:
“A defesa do investigado Igor Porto Galvão lamenta profundamente a morte de Marcela Luise, e continuará pronunciando apenas com relação às investigações. Sobre a decretação da prisão preventiva do Sr. Igor no ponto de vista da defesa não estão presentes os requisitos da prisão preventiva, ou seja, garantia da ordem pública, garantia da instrução criminal ou assegurar a aplicação penal.
Explico, o Igor possui profissão licita, é Nutricionista e Educador Físico, endereço fixo, é primário, em momento algum existe algo no processo que ele interferiu no bom andamento da investigação, pelo contrário a Polícia Civil esteve em sua residência fora de horário a fim de realizar pericia, e ele autorizou. Perícia essa que teve como resultado inconclusiva. Importante salientar que o colega Advogado que estava acompanhando o Igor, naquela oportunidade, já havia ido na Delegacia e colocado o Igor à disposição da Autoridade Policial . Até o presente momento o Igor não foi ouvido.
A defesa vai entrar com os pedidos cabíveis a fim de que a prisão preventiva seja substituída por medidas cautelares diferente do cárcere. Todo e qualquer manifestação adicional se dará preferencialmente nos autos processuais. Reiteremos ainda nossa total confiança no Poder Judiciário para a elucidação do caso em comento, buscando sempre a preservação dos incisos LV e LVII, art. 5º, (LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes; LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;) positivados na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.”