A gerente de um banco em Augustinópolis, no extremo norte do Estado do Tocantins, é suspeita de realizar uma série de desvios de dinheiro de caixas eletrônicos da agência onde trabalhava.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil do Estado do Tocantins (PC-TO), que concluiu o inquérito nesta quarta-feira (22).
Conforme o delegado Jacson Wutke, responsável pelo caso, a gerente cometeu pequenos atos de desvio de valores durante o abastecimento dos terminais de autoatendimento da agência bancária entre o segundo semestre de 2019 e o dia 06 de dezembro de 2021, totalizando um montante de R$ 245.990,00.
Segundo o que foi apurado na investigação, a gerente, que detinha a responsabilidade pela tesouraria e pela conferência de numerário da agência, utilizava seu cargo de confiança para realizar o comando de abastecimento dos terminais com um valor superior ao que realmente era inserido nas máquinas.
Dessa forma, durante as conferências mensais, registrava que a contagem física do numerário correspondia ao valor registrado no sistema, evitando que o esquema fosse descoberto.
Gerente de banco é afastada por desvio de dinheiro
A fraude só foi descoberta quando a substituta da gerente realizou uma conferência do numerário da agência durante suas férias e constatou a falta de dinheiro na tesouraria.
A instituição bancária, ao ser informada do desfalque, realizou uma auditoria interna, que confirmou o montante desviado. A gerente foi afastada preventivamente de suas funções e, posteriormente ,demitida.
Após ser comunicada pela instituição bancária, a Polícia Civil instaurou o inquérito policial para investigar a fraude na agência de Augustinópolis. O trabalho da auditoria interna foi minuciosamente analisado pelo Núcleo de Inteligência Policial, que teve acesso à movimentação bancária da indiciada.
A análise das informações bancárias da gerente evidenciou movimentações atípicas e incompatíveis com seus ganhos mensais.
O delegado Jacson Wutke destacou que as duas principais frentes de investigação foram fundamentais para o sucesso do inquérito, permitindo a individualização da responsabilidade criminal da indiciada.
Diante dos fatos, a Polícia Civil do Tocantins indiciou a mulher pela prática do crime de “furto qualificado pelo abuso de confiança e emprego de fraude”, em continuidade delitiva. O inquérito policial foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as medidas legais cabíveis.