Policiais Militares (PMs) de Goiás foram presos por suspeitas de forjar a apreensão de veículos, entre carros e motocicletas, e vendê-los em Goiânia e Goianira, na região metropolitana.
O suposto esquema era composto por três militares, sendo que dois seriam responsáveis pela abordagem e outro pela venda.
Entenda como o caso foi descoberto
O caso foi descoberto depois que um homem procurou a Corregedoria para denunciar que teve seu carro apreendido, mas não conseguia ter acesso as atualizações do processo.
A polícia não encontrou registros da apreensão, mas o homem informou que os militares responsáveis pela abordagem eram lotados no 13º Batalhão. O caso então começou a ser investigado e outros dois motoristas procuraram a polícia fazendo o mesmo relato.
Durante as investigações, a Polícia Militar localizou os veículos circulando normalmente pelas ruas das cidades de Goiânia e Goianira.
Questionadas, as pessoas que estavam em posse dos veículos informaram que tinham feito a compra ou troca do carro através de um Policial Militar, que confirmou que trabalhava com a compra de veículos que conseguida com outros dois colegas.
Diante dos fatos, os três militares envolvidos foram presos e devem responder por peculato. A Justiça ainda decretou quebra do sigilo telefônico dos suspeitos para dar andamento à investigação.
Corporação instaura processo contra PMs de Goiás
Em nota, a Polícia Militar informou que determinou a instauração de um inquérito para apurar a conduta dos militares em janeiro deste ano, quando tomou conhecimento do fato. Confira a íntegra:
“A data do fato foi dia 13/01/2024, data em que a Corregedoria da corporação tomou conhecimento do fato, e determinou a instauração de IPM (Inquérito Policial Militar) para apurar a conduta dos militares.
A Polícia Militar informa ainda que os referidos militares encontram-se presos, motivado pelo IPM, que já foi concluído e encaminhado ao Poder Judiciário.
A Polícia Militar de Goiás reitera que não compactua com qualquer desvio de conduta.”.