A maioria dos times da Série A pediu a paralisação temporária do Brasileirão, diante da situação de calamidade vivida no Rio Grande do Sul (RS). No total, 13 dos 20 times da primeira divisão são favoráveis.
O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, avalia a medida, mas também alerta sobre os possíveis impactos no torneio.
Entenda o pedido de paralisação do Brasileirão
Os clubes da Liga Forte União (LFU) decidiram se posicionar, nesta segunda-feira (13), de forma conjunta a favor da paralisação do Campeonato Brasileiro até o dia 31 de maio. O período abraça as duas próximas rodadas.
Os dirigentes participaram de uma reunião onde debateram a situação do campeonato e o pedido dos clubes gaúchos, diante do atual cenário do RS.
“A paralisação se faz necessária como medida humanitária, consensual e de justiça de competição”, diz nota da LFU.
Na última sexta-feira (10). o Governo Federal também já tinha solicitado à CBF uma pausa no cronograma da competição.
Os clubes da Série A que apoiaram a decisão são: Athletico, Botafogo, Cruzeiro, Internacional, Fortaleza, Vasco, Criciúma, Juventude, Fluminense, Atlético-GO e Cuiabá.
O Atlético-GO havia se manifestado contra a paralisação, alegando questões econômicas, entretanto, decidiu entrar na decisão do grupo.
O número de clubes que apoiam a paralisação sobe para 13 considerando o posicionamento do Grêmio e Atlético-MG, que não integram a LFU, mas sim a Libra.
Por outro lado, dois clubes já manifestaram contrariedade à medida, sendo Flamengo e Palmeiras. Os outros permanecem, até o momento, sem posicionamento.
CBF
Em entrevista ao GE, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, falou que vai atacar a decisão, mas demonstrou preocupação quanto aos impactos no calendário e economia do futebol.
“É interessante que possamos ouvir todos os clubes para definir. Isso envolve calendário, classificação para as competições sul-americanas e até a Intercontinental, caso um clube brasileiro ganhe a Libertadores. Não é tão fácil assim.”.
Entretanto, o presidente ressaltou que a CBF é contra à paralisação neste momento, mas a decisão será tomada em Conselho Técnico no dia 27 de maio.
Sobre as ações que devem ser feitas para ajudar os clubes do Rio Grande do Sul, Ednaldo enfatizou que estão unidos para amenizar o sofrimento das pessoas.
“Logo quando iniciou toda aquela catástrofe no Rio Grande do Sul, a CBF procurou unir clubes, federações, atletas das seleções feminina e masculina, para não apenas sermos solidários, mas também buscar contribuir para amenizar o sofrimento das pessoas, das vítimas. Fizemos e está dando resultado. Nessa reunião [com os clubes] nós temos que não só falar de calendário, mas também que todos os clubes e todos os Estados possam dar uma contribuição.”
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