Funcionários do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) de Goiânia, que são responsáveis de realizar exames de necrópsia de pessoas que morrem sem assistência médica ou por causas naturais desconhecidas, entraram em greve nesta sexta-feira (10).
Eles alegam que a decisão foi tomada por estarem sobrecarregados com a pouca quantidade de funcionários, além de reajuste salarial.
Funcionários do Serviço de Verificação de Óbito
A greve teve início às 7h e devido ao movimento apenas um funcionário ficou no local de trabalho. Com isso, a liberação dos corpos vai demorar mais do que o normal. Ao todo, a equipe contava com sete técnicos, mas um morreu no dia 29 de março e outro está afastado por licença médica.
“Nosso salário hoje é R$ 1,4 mil. Desde 2014 a gente está buscando essa melhoria, mas até hoje não foi atendido. E hoje nós temos apenas cinco técnicos para atender Goiânia e mais 137 municípios”, disse um técnico de necropsia.
Os cinco que atuam em plantões são responsáveis por cerca de 10 a 18 corpos. Na maioria dos casos, ainda é exigido que os técnicos busquem os corpos, realizem os exames necessários, liberam o corpo para a família e ainda entreguem para as funerárias após liberado.
Os técnicos ressaltam que para suprir a demanda, a solução seria convocar os aprovados no concurso público em setembro de 2022.
“A gente se sente muito frustrado, porque nós passamos por uma prova, nós nos dedicamos naquilo, estudamos e fomos aprovados. Então, a gente está aqui lutando por uma coisa que nós temos direito”, disse Jordana Faria Barbosa que ficou no cadastro de reserva do concurso.
Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia disse que “há um processo em tramitação final para o chamamento de aprovados no último concurso público”, que deve resolver a questão da sobrecarga em breve.
Confira a nota da prefeitura
“A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece que há um processo em tramitação final para o chamamento de aprovados no último concurso público.
Quanto ao Plano de Carreira, é um assunto que tem sido debatido com a categoria, mas depende da questão dos limites para gastos com pessoal, conforme a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”.