A farmacêutica AstraZeneca anunciou o fim da produção e distribuição da vacina contra covid-19, denominada Vaxzevria, segundo informações do jornal britânico The Telegraph.
Conforme comunicado da empresa, divulgado nesta quarta-feira (8), questões comerciais foram levadas em consideração para encerrar a fabricação do imunizante em todo o mundo.
“Foram desenvolvidas múltiplas vacinas contra variantes da covid-19, há um excedente de vacinas atualizadas disponíveis. Isto levou a uma queda na demanda pela Vaxzevria, que não está sendo mais produzida ou fornecida”, diz trecho da nota.
A farmacêutica ainda informou que trabalhará com órgãos competentes e parceiros para alinhamento da conclusão desta etapa de enfrentamento à doença. Além, disso, salientou que mais de 6,5 milhões de vidas foram salvas no primeiro ano de utilização e mais de três bilhões de vidas foram salvas.
“O nosso trabalho foi reconhecido pelos governos de todo o mundo e é amplamente considerado como tendo sido um componente crítico para acabar com a pandemia global”.
AstraZeneca admite efeito colateral da vacina contra Covid-19
Na última semana, circularam informações de que a farmacêutica teria admitido um efeito colateral muito raro causado pela vacina, o que significa menos de um caso para cada 10 mil doses administradas, chamado Síndrome de Trombose com Trombocitopenia.
Entretanto, o efeito é previsto na bula da vacina. O imunizante foi um dos primeiros autorizados no Brasil.
“Como todos os medicamentos, essa vacina pode causar efeitos colaterais, apesar de nem todas as pessoas os apresentarem. Foram observados coágulos sanguíneos importantes em combinação com níveis baixos de plaquetas no sangue(trombocitopenia) muito raramente (com uma frequência inferior a 1 em 100.000 indivíduos vacinados)”. diz a bula.
Diante disso, o Ministério da Saúde emitiu um comunicado falando sobre a segurança do imunizante. Segundo o ministério, a informação foi usada de forma enganosa por grupos e páginas antivacina.
“É muito importante entender que os eventos trombóticos e tromboembólicos associados à infecção SARS-CoV-2, observados nos pacientes com Covid-19, são muito maiores quando comparados aos eventos supostamente atribuíveis à vacinação ou imunização. Isso significa que o risco de tromboembolismo venoso é duas a seis vezes maior em pacientes que pegaram Covid-19 do que em pessoas sem a infecção. E isso não tem nada a ver com a vacinação contra a doença”.
Segundo o painel de monitoramento de vacinas do Ministério da Saúde, mais de 153 milhões de pessoas tomaram a vacinas produzidas pela AstraZeneca no Brasil.