A Polícia Civil de Goiás (PCGO) informou que foi encontrado, neste sábado (4), um corpo que pode ser do caminhoneiro Douglas José de Jesus, investigado por matar e ocultar o corpo da esposa, Fábia Cristina Santos.
Segundo a advogada do casal, Rosemere Oliveira, o corpo foi achado em estado de decomposição e estava próximo ao local onde o de Fábia foi encontrado.
O corpo da mulher foi localizado no dia 22 de abril, em estado avançado de decomposição, dentro do carro do casal, em uma fazenda em Trindade, na Região Metropolitana da capital.
De acordo com a corporação, a confirmação oficial para saber se o corpo é ou não de Douglas José será feita após perícia. O inquérito segue apurando os fatos e deve ser finalizado nos próximos dias.
Na última quinta-feira (2), a PCGO cumpriu 21 mandados de busca e apreensão nas cidades de Quirinópolis, Paranaiguara, Presidente Prudente e Cuiabá relacionados a investigação do feminicídio de Fábia Cristina.
Na ocasião, um homem foi preso por posse ilegal de arma de fogo. Com ele foram encontradas duas espingardas, uma outra arma e munição.
Relembre o caso do marido que desapareceu com a esposa
O casal, que morava em Goianira, despareceu no dia 9 de março, enquanto viajava para a missa de sétimo dia do pai da mulher, em Quirinópolis.
A viagem deveria durar cerca de 3h30, mas o casal sumiu durante a trajeto e nunca mais foi visto com vida. Uma das últimas imagens do casal é em um posto de gasolina no Bairro Cidade Jardim, em Goiânia, por volta de 13h54.
Às 14h18 há outro registro, uma multa no veículo casal na GO-469, pois estavam acima da velocidade permitida. Às 14h27, Fábia enviou uma mensagem de texto para o filho, pedindo ajuda. Ela chegou a enviar outra mensagem, mas apagou. Depois disso, não há mais informações de ambos com vida.
Conforme as investigações, Fábia já era vítima de violência doméstica, inclusive, foram encontradas fotos de machucados em seu pescoço quando teria sido enforcada por um fio. Segundo a advogada, Douglas tentou matá-la dias antes de seu desaparecimento.
Além do feminicídio de Fábia, o homem também é réu e está foragido por matar duas pessoas em Quirinópolis, no ano de 1996. Ele também usava nome falso há quase 30 anos.
De acordo com a delegada Carla de Bem, responsável pela investigação, o homem conseguiu forjar a documentação para trocar de nome e fugir da polícia. O nome era de um irmão mais novo dele.