Uma família denunciou que a idosa de 70 anos morreu depois que eles não conseguiram ligar para o Samu e o Corpo de Bombeiros para que ela fosse socorrida e levada para um hospital enquanto passava mal, em Jaraguá, na região Central de Goiás.
De acordo com uma sobrinha da idosa, a família conseguiu ligar para vários outros números, menos para os emergenciais.
Idosa morre após falta de atendimento emergencial
O caso aconteceu na madrugada da última segunda-feira (29) e a família relata que só conseguiu o resgate quando foi pessoalmente até o Samu, que socorreu a idosa cerca de duas horas depois que ela começou a passar mal.
A mulher chegou a ser levada para um hospital, mas acabou não resistindo. No atestado de óbito consta que a idosa teve uma insuficiência respiratória aguda, um edema no pulmão, além de problemas de hipertensão e epilepsia.
Após o caso, o Procon de Jaraguá informou que está investigando a situação e notificou a operadora OI, já que é a linha base dos números de emergência da cidade. Por sua vez, a OI informou que enviou uma equipe técnica ao local para verificar a falha e, caso seja responsabilidade da companhia, irá realizar os reparos necessários.
A Claro, que é a operadora que a família utilizou para tentar acionar o socorro, informou que a “rede opera normalmente na região e que as chamadas para os números mencionados estão funcionando corretamente, sem ocorrências”.
Morte da idosa
A sobrinha da idosa contou que a tia, que era acamada, e a mãe, que tem 66 anos e está com o fêmur quebrado, estavam morando com ela. No dia em que a idosa passou mal, ela estava indo para Goiânia com as filhas, que possuem epilepsia e paralisia cerebral.
No momento em que a idosa passou mal, ela estava com a irmã e o esposo, que foi o responsável por fazer as ligações.
A mulher contou que o marido dela ligou mais de 30 vezes para a emergência, já que não podia deixar o filho e a sogra sozinhos em casa. Porém, como o estado dela parecia grave, ele deixou o filho aos cuidados da sogra e foi até o Samu para que a idosa conseguisse ser socorrida.
De acordo com o Procon de Jaraguá, desde o ano passado, os moradores reclamam de ligação que não são completadas. Desde então, a instituição analisa os diferentes casos e ainda notifica os operadoras responsáveis para que a falha seja solucionada e o serviço chegue até a população.
“Teve um caso que a gente precisou fazer uma configuração no aparelho. Caso caso é um caso específico”, relatou a presidente do Procon em Jaraguá, Charlene Ramos.
A presidente também exemplificou que em um dos setores da cidade, moradores estavam com problemas iguais em que as chamadas de determinadas operadoras não completavam.
Após o Procon notificar a empresa, a operadora instalou uma nova torre e o problema foi resolvido. No entanto, reclamações de diferentes tipos têm voltado a aparecer.