Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) apontam que já foram notificados 240.150 casos de dengue em Goiás, até o momento. Desses, 120.193 foram confirmados e 135 mortes registradas. Outros 150 óbitos por dengue ainda estão em investigação.
De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-GO, Flúvia Amorim, a gravidade do cenário atual é pior do que o verificado em 2022, quando foram confirmados, no ano todo, 193.782 casos e 182 óbitos pela doença.
Até então, 2022 era o pior ano desde o início dos registros. Na época, o estado fechou o ano com o maior número de casos de dengue do Centro-Oeste, segundo o Ministério da Saúde.
Casos e internações por dengue em Goiás
A SES-GO informou, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (15), que as três últimas semanas foram marcadas por redução no número de casos (22,65%), mesmo assim, as internações ainda acendem alerta, pois seguem avançando.
Desde o início do ano já são 2.684 internações, enquanto que no mesmo período de 2023 foram 153, um aumento de mais de 1.600%.
Segundo Flúvia Amorim, a vacina é o meio mais eficaz de prevenir internações, tanto de dengue como de doenças respiratórias. Atualmente, o percentual de vacinação contra a dengue é de mais de 90%, com aplicação de 148.098 doses enviadas pelo Ministério da Saúde.
“Exatamente pela diminuição do número de pessoas vacinadas nos anos anteriores para gripe e covid-19, por exemplo, que hoje temos esse aumento de casos de doenças respiratórias e de sua gravidade”, pontua.
A superintendente de Regulação, Controle e Avaliação da SES, Amanda Limongi, ressalta que a população deve redobrar os cuidados quanto à prevenção da doença.
“A queda do número de notificações da dengue não significa redução de internação. Portanto, a população deve redobrar os cuidados com relação à prevenção da doença. Nos primeiros sintomas, é importante o paciente procurar as unidades básicas de saúde, as unidades de pronto atendimento, para começar a hidratação correta e as indicações pertinentes o quanto antes. Isso possibilita que o caso não se agrave e haja menos internação”.