A advogada acusada de matar o ex-sogro e a mãe deles envenenados deve passar por exame de insanidade mental. Ela está presa desde dezembro de 2023.
O exame é feito pela junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e deve ser realizado em até 40 dias. O processo corre em segredo de Justiça.
O pedido foi feito pela defesa da acusada e acatado pela justiça em fevereiro deste ano. A informação foi divulgada pelo Jornal Opção.
Conforme previsto no Código Penal, pessoas que não tenham capacidade mental de entender que cometeram um crime não podem ser punidas. Neste casos, a lei prevê a aplicação de outras medidas de segurança, como a internação ou tratamento ambulatorial.
Caso o exame considere insanidade mental parcial, a advogada pode ter redução da pena em até um terço. Por outro lado, se a junta médica reconhecer a total insanidade mental, ou seja, que ela não possui condições de viver em sociedade, a acusada poderá cumprir pena hospital psiquiátrico especializado em tratar de pessoas com problemas mentais.
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A mulher, que se apresentava como psicóloga nas redes sociais, foi acusada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) por duplo homicídio qualificado e dupla tentativa de homicídio, cujas penas podem chegar a mais de 50 anos prisão.
Relembre o caso da acusada de matar ex-sogro
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo e da mãe dele, Luzia.
A família se reuniu para um café da manhã e, cerca de três horas depois, ele e a mãe começaram a passar mal com dores abdominais, diarreia e vômitos. Ambos foram levados para o hospital, mas não resistiram e acabaram falecendo.
Além das vítimas, estavam no café da manhã o pai de Leonardo, que não ingeriu alimentos, e a ex-nora, apontada como a principal suspeita do crime.
Durante as investigações a polícia descobriu que a mulher não aceitava bem o término do relacionamento, pois estava ameaçando e perseguindo o ex.
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