Um professora de história denunciou que teve fotos íntimas vazadas por estudantes após eles acessarem pastas privadas do celular pessoal dela.
O caso ocorreu em Alto Paraíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal, e a professora chegou a ser demitida da Escola Estadual Doutor Gerson de Faria.
Professora tem fotos intimas vazadas por alunos
A professora detalhou que emprestou o aparelho para que os alunos pudessem tirar fotografias de um evento escolar, no qual seriam usadas posteriormente em uma atividade pedagógica. Na ocasião, os alunos acessaram as pastas particulares e compartilharam as imagens com os demais colegas.
“Me senti violada, violentada. Na sequência, a gestão da escola criou um ofício dizendo que os estudantes se sentiam constrangidos de assistirem às minhas aulas por terem visto minha foto nua. Uma inversão de quem foi a vítima na situação”, relatou a professora.
A professora alegou que a gestão da escola só tomou conhecimento do ocorrido após uma coordenadora ver diversos estudantes reunidos e, que ao se aproximar, notou que eles estavam vendo as fotos íntimas que foram espalhadas. Ela também informou que denunciou o caso na Polícia Civil.
“Eu trabalhei até o quinto horário normalmente, sem saber de nada. Enquanto estava todo mundo já sabendo da situação, eu só vim a saber às 18 horas, quando a diretora, no final do dia, me chamou para uma reunião, dizendo que era uma conversa só entre eu e ela, mas tinham seis pessoas na sala, me senti inibida e é onde ela me passou o fato. Fiquei estarrecida”, alegou.
Após a reunião, a professa relatou que passou a ser destratada no ambiente escolar por parte de colegas e da gestão. Ela tinha um contrato de 5 anos com a escola e a demissão ocorreu em menos de oito meses após o início do contrato.
Posicionamento da escola
Devido ao caso, a escola se posicionou e afirmou que o regimento escolar estipula que os professores não podem emprestar seus celulares de uso pessoal para os alunos.
A instituição ainda destacou que as decisões foram tomadas juntamente com o Estatuto da Criança e do Adolescente, que preconiza a proteção integral das crianças e seus direitos.
Já a professora relatou que o celular foi emprestado porque a escola não tinha aparelhos que fizessem filmagens e que a atividade que estava executando era importante, já que os alunos foram orientados a registrar um evento que fazia parte do Mês da Consciência Negra.