Goiânia decretou situação de emergência em saúde devido o aumento significativo nos casos de dengue. A informação foi confirmada nesta terça-feira (12), pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara.
No último mês, a capital ultrapassou a média de casos dos últimos cinco anos, registrando mais de 5 mil infectados pela doença.
Casos de dengue em Goiânia
Dados do 9º Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS apontam que a cidade conta com 10,6 mil casos notificados da doença e 5,7 mil confirmados, representando aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, também foi confirmado um óbito e há outros 10 em investigação.
Em fevereiro, o governo do Estado já havia decretado situação de emergência em saúde pública pelo aumento de doenças virais como dengue, zika e Chikungunya. Desde então, Goiás vive uma epidemia de dengue.
No estado, até a 11ª semana epidemiológica deste ano foram notificados mais de 112,2 mil casos, número 221% maior que o mesmo período de 2023. Além disso, há 45 mortes confirmadas e outras 72 estão em investigação.
Segundo Wilson Pollara, as ações preventivas e de combate ao vetor transmissor, o Aedes aegypti, serão ampliadas com a aquisição de insumos e materiais, bem como a contratação de serviços estritamente necessários ao atendimento da situação anormal.
“Recebemos recentemente outras oito mil armadilhas In Care, que já serão instaladas em regiões estratégicas”, informou.
Vacinação
O secretário de Saúde ainda destacou que a vacinação é outra medida eficaz no combate a dengue, mas está abaixo do esperado pelo poder público.
Desde 15 de fevereiro, foram administradas 9.896 doses da vacina Qdenga em crianças com idades entre 10 e 14 anos na capital. Fabricado pela empresa farmacêutica japonesa Takeda, esse imunizante recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023.
A vacina consiste em uma formulação viva atenuada, contendo os quatro sorotipos vivos do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4), mas não oferece proteção contra chikungunya, zika e febre amarela.