A jovem Thaís Medeiros, de 26 anos, que teve reação alérgica à pimenta, continua em tratamento e se recuperando em casa. O incidente com a jovem completou um ano no último dia 17 de fevereiro.
Nas redes sociais, a mãe da trancista, Adriana Medeiros, compartilhou a nova rotina de cuidados, que abrange uma série de profissionais.
Agora, Thais será acompanhada três vezes na semana por um fonoaudiólogo, cinco vezes por um fisioterapeuta e uma vez por semana por um médico, nutricionista e enfermeira estomaterapeuta. Além disso, contará com cuidados de um técnico de enfermagem 24 horas por dia.
Além dos profissionais, a jovem também terá à disposição equipamentos, dietas e todos os insumos necessários para o tratamento.
“Estamos muito feliz por termos conseguido esse serviço para Thais, isso é muito importante para ela e também para nós, que agora teremos um tempo para cuidar melhor da casa e principalmente das 2 filhas dela que ela tanto ama e sempre se preocupava muito com elas, vamos fazer o melhor para elas.”, disse a mãe da jovem.
Entretanto, Adriana Medeiros afirma que conseguiu o tratamento temporário através da iniciativa privada, pois o serviço foi negado pela Prefeitura de Goiânia.
“Isso é apenas uma ajuda, e não é um serviço que será prestado continuamente, pois eles estão apenas nos doando o serviço por algum tempo, até que a prefeitura de Goiânia comece a cumprir a decisão judicial na qual ela foi condenada há prestar o serviço e que até o momento não cumpriu.”, escreveu nas redes sociais.
A empresa prestadora do serviço enfatizou que se uniu à família de Thais para apoiá-la em sua jornada de recuperação.
” É uma honra para nós fazer parte desse capítulo de sua história e estamos comprometidos em fornecer o melhor cuidado possível para garantir que Thais tenha uma qualidade de vida superior. Acreditamos firmemente que, Juntos Somos Mais Fortes. E é com esse espírito de solidariedade e esperança que enfrentaremos cada desafio que surgir.”, disse.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que não reconhece nenhuma política pública de Home Care, serviço pleiteado pela mãe da jovem. O tratamento custeado pela prefeitura é para para pacientes que saem da UTI e precisam de respiradores em casa, o que não é o caso da jovem. (Íntegra da nota no final do texto)
Reação alérgica à pimenta
A jovem Thais Medeiros passou mal no dia 17 de fevereiro de 2023 durante um almoço na casa do namorado, em Anápolis, após sentir o cheiro de um frasco de pimenta.
No dia, a jovem chegou a ser encaminhada ao hospital após sofrer uma parada cardiorrespiratória. Na época, Thaís ficou 20 dias internada em uma UTI e teve o diagnóstico de edema cerebral com lesões irreversíveis. Desde então, a jovem luta pela recuperação.
Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia
“A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que o Sistema Único de Saúde (SUS), não reconhece nenhuma política pública de Home Care. Goiânia custeia, com recursos próprios, um serviços para pacientes que saem da UTI, vão para casa e precisam de respiradores, ou seja, não conseguem respirar sozinhos, o que não é o caso da paciente em questão. Portanto, ela não se enquadra nos critérios de atendimento do serviço municipal e, por isso, o município recorreu da decisão.
O serviço que Goiânia poderia oferecer, que são visitas regulares em casa por uma equipe multidisciplinar de saúde, já é ofertado pelo Crer, onde Thais é paciente.”
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