O Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) prorrogou por mais 30 dias a prisão do padrasto do menino Pedro Lucas, que está desaparecido há mais de três meses, em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás.
O pedido foi feito pela Polícia Civil de Goiás (PCGO), com o objetivo de seguir com as investigações sem possíveis interferências do acusado.
O padrasto foi preso preventivamente no dia 8 de dezembro do ano passado, sendo apontado pela Polícia Civil como principal suspeito do desaparecimento do menino.
O homem começou a ser considerado como suspeito depois que apresentou comportamentos atípicos, como buscar o irmão do enteado na escola, já que quem sempre fazia isso era o próprio Pedro Lucas. Além disso, mensagens do homem enviadas para a avó do menino também levantaram suspeitas da polícia.
A defesa do padrasto afirma que o cliente nega as acusações e está colaborando com as investigações, apresentando-se ao delegado todas as vezes que foi intimado.
De acordo com o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, a liberdade nos depoimentos das testemunhas podem ser eventualmente afetados caso o acusado esteja em liberdade.
“A prisão temporária é uma prisão voltada à investigação e ela foi decretada justamente para impedir qualquer tipo de óbice causada no deslinde da apuração do caso pela Polícia Civil”, afirmou.
Relembre o caso Pedro Lucas
O menino desapareceu depois que saiu de casa para deixar o irmão mais novo, de 6 anos, na escola. Imagens de câmeras de segurança mostram o menino andando próximo à casa e, depois, não foi mais visto.
O boletim de ocorrências sobre o desaparecimento só foi registrado quatro dias depois, em 5 de novembro. A mãe apresentou duas versões para a polícia, a primeira dizendo que o menino chegou em casa, almoçou e disse que ia para a casa da avó.
Entretanto, admitiu que mentiu para justificar a demora em registrar a ocorrência. Ela disse teria mentido por medo de perder a guarda dos outros filhos.
Dois meses após o desaparecimento, a polícia encontrou uma ossada humana dentro de uma mala, em uma região de mata próximo à casa da família do menino. Entretanto, um laudo da perícia revelou que os restos mortais não pertenciam a Pedro Lucas, mas sim a um adolescente de 16 anos.
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