As buscas pelo menino de 11 anos que desapareceu de uma aldeia indígena na Ilha do Bananal, no Tocantins, entraram no sexto dia nesta sexta-feira (26/1).
No momento são feitas buscas no trecho que liga as aldeias Utaria e Macaúba. Ainda na noite de domingo (21/1), data desaparecimento, os moradores da aldeia e parentes do menino chegaram a andar pela mata para tentar localiza-lo, mas sem sucesso.
Relatos de testemunhas apontam que o menino passou correndo na Aldeia Utaria, distante 15 km da Aldeia Macaúba. A preocupação da família aumentou quando o último cachorro que acompanhava a criança voltou sozinho para casa.
Segundo os bombeiros, além das dificuldades de acesso na mata fechada, a chuva tem dificultado o uso de drones e a previsão é de mais água nos próximos dias. Os bombeiros rastrearam vestígios de pegadas do menino, mas a chuva acabou apagando as marcas.
Buscas por criança indígena desaparecida
As equipes concentraram as buscas na área com apoio de drones termais, mas a chuva atrapalhou as atividades. Conforme os bombeiros, o rastreio está concentrado no trecho que liga as aldeias Utaria e Macaúba. Cerca de 50 pessoas estão envolvidas nas buscas.
Integram a equipe os bombeiros tocantinenses e de Mato Grosso, cães farejadores, policiais militares do Grupamento de Operações Aéreas da Polícia Militar do Tocantins (Graer), agentes do Ibama, cinco drones termais e grupos de indígenas Karajás que se organizam em mutirões para participarem dos trabalhos de buscas.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT) enviou uma equipe do Corpo de Bombeiros para reforçar as buscas, demonstrando a importância dada a essa questão humanitária.
A equipe do Corpo de Bombeiros do Mato Grosso, é composta por três bombeiros, dois cães farejadores e dois drones, especializados em buscas e resgates. Esses profissionais estão preparados para atuar em situações de difícil acesso e têm como objetivo encontrar a criança o mais rápido possível.
Conforme o Secretário Adjunto de Integração Operacional de Segurança Pública do Estado do Mato Groso, Coronel Claudio Fernando, essa é uma questão humanitária.
“Temos uma criança desaparecida em uma área de difícil acesso e ela precisa ser encontrada urgentemente, a Adjunta de Integração Operacional está pronta para ampliar esse apoio, se houver necessidade da adoção de outras medidas no reforço às buscas”, afirmou.
A mobilização da Adjunta de Integração Operacional da Sesp-MT mostra a disposição em ampliar o apoio, caso seja necessário adotar outras medidas para reforçar as buscas.
A região onde o menino desapareceu está localizada entre os municípios de Santa Terezinha (MT) e Pium (TO), em uma área de divisa entre os dois estados. A criança reside na Aldeia Macaúba, na Ilha do Bananal.