Goiânia registrou o primeiro caso de raiva em morcego em 2024. O diagnóstico foi confirmado dia 11 de janeiro.
O animal da espécie “Eptesicus diminutus” se alimenta de insetos e foi encontrado morto no Setor Chácaras de Recreio Samambaia, região norte da capital, no último dia 6.
De acordo com o Departamento de Vigilância em Zoonoses (DVZ), responsável pela vigilância de casos de raiva animal no município, dois animais tiveram contato com o morcego e, mesmo já vacinados, receberam reforço da antirrábica. Nenhum humano teve contato com o morcego.
Raiva em morcego em Goiânia
Conforme o diretor do DVZ, Murilo Reis, o caso acende um sinal de alerta nas autoridades sanitárias, devido risco de contaminação.
“Todo caso de raiva em morcego merece uma atenção especial, pois há o risco do homem ser contaminado pelo animal infectado. Os morcegos que vivem em Goiânia são frugívoros e insetívoros, ou seja, não se alimentam de sangue, mas podem morder uma pessoa, cães ou gatos, caso se sintam ameaçados”.
Conforme Reis, qualquer contato de animais com morcegos deve ser notificado à Diretoria de Vigilância em Zoonoses.
“Essa notificação é importante para que esses animais possam ser vacinados contra raiva e monitorados por 180 dias, conforme o recomendado pela Nota técnica nº 19/2012/MS”.
Transmissão
Em 2023, Goiânia registrou sete casos de raiva em morcegos, nos bairros Leste Universitário, Vila João Vaz, Negrão de Lima, Parque Tremendão, Setor Vila Nova e Criméia Leste, sendo este com dois casos registrados.
A raiva é uma enfermidade viral infecciosa aguda que afeta mamíferos, incluindo seres humanos, manifestando-se como uma encefalite progressiva e aguda, com uma taxa de letalidade em torno de 100%. A causa dessa doença é o vírus pertencente ao gênero Lyssavirus, que faz parte da família Rhabdoviridae.
A transmissão da raiva para os seres humanos ocorre principalmente através da saliva de animais infectados, especialmente por meio de mordidas, embora também seja possível através de arranhões e/ou lambidas desses animais.