A Polícia Civil de Goiás (PCGO) encontrou uma ossada em uma região de mata às margens do córrego da Abóbora em Rio Verde, na região sudoeste de Goiás.
Agora, a Polícia Científica investiga se a ossada é do menino Pedro Lucas Santos, de 9 anos, que está desaparecido há mais de dois meses.
Um laudo com a identificação dos restos mortais deve ser apresentado em até 30 dias. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio.
De acordo com delegado Danilo Fabiano, a ossada estava dentro de uma bolsa e foi encontrada nesta segunda-feira (8), após denúncia anônima.
No mesmo dia, o padrasto do menino, de 22 anos, foi preso. Entretanto, a Polícia Civil não informou qual o motivo ou a suposta participação dele no desaparecimento do menino.
Entretanto, a polícia encontrou inconsistências no depoimento dele, pois ele não soube justificar o que fez entre o momento que chegou em casa e o horário que foi buscar o irmão mais novo de Pedro Lucas na escola.
Além disso, o homem também não tinha o costume de buscar o menino na escola, já que quem fazia isso era Pedro Lucas. Desta forma, a polícia também desconfiou da ação.
Em nota, a defesa informou que não teve acesso integral ao processo e nem às provas colhidas durante a investigação. Entretanto, o homem alega inocência e, conforme a defesa, já forneceu material genético espontaneamente e permitiu acesso irrestrito ao seu celular.
“Sempre negou o cometimento de quaisquer crimes contra seu enteado e colaborou com a investigação, apresentando-se ao delegado de polícia todas as vezes que foi intimado. Defesa e o representado acreditam na Justiça e confiam que as autoridades encontrarão a melhor resposta ao fato”, afirmou a defesa.
Entenda o caso Pedro Lucas
O menino Pedro Lucas desapareceu no dia 1º de novembro, depois que deixou o irmão mais novo na escola. A demora da família para denunciar o caso levantou suspeitas da polícia.
Segundo o delegado Adelson Candeo, de início os familiares da criança alegaram que o menino havia sumido após ir até a casa da avó e não voltar mais, porém logo depois admitiram que mentiram a respeito do caso.
Na segunda versão apresentada pela família, eles alegaram que o menino levou o irmão mais novo para a escola e desapareceu enquanto voltava para a casa.
No dia 18 de dezembro, a Polícia Científica dez perícia com reagentes químicos na casa da família e encontrou vestígios no local, entretanto, não soube determinar se havia DNA do menino.
Agora, a polícia trabalha com a hipótese de desaparecimento ou morte, descartando um possível sequestro.
Imagens de câmeras de segurança registraram o menino andando pela vizinhança no dia do desaparecimento. Segundo a polícia, ele estava indo em direção à casa onde morava.
Ver essa foto no Instagram