A Polícia Técnico-Científica apresentou, nesta quarta-feira (27/12), um laudo que apontou que a substância usada para matar mãe e filho, em Goiânia, foi colocada em doces de pote.
Segundo a perícia, a substância foi ingerida pelas vítimas e causou uma intoxicação, o que ocasionou nas mortes.
A principal suspeita do crime é uma advogada, que teve um relacionamento com o filho de uma das vítimas.
Substância usada para matar mãe e filho
A Polícia Técnico-Científica ainda explicou que a sustância, considerada “veneno potente” foi colocada em grande quantidade em dois doces. Entretanto, mesmo que em pequenas doses, é tóxica e letal. Além disso, a substância não possui sabor ou odor, fazendo que seja difícil de ser percebida.
De acordo com a perita criminal Mayara Cardoso, um exame toxicológico foi realizado em amostras coletadas no local do crime e também das retiradas dos corpos das vítimas.
No total, quatro amostras de bolo foram analisadas, das quais duas estavam contaminadas. Além disso, também foram analisadas colheres, sucos e outros itens, mas a substância não foi encontrada neles.
A perícia ainda analisou mais de 300 pesticidas e descartou a presença de todos eles nos produtos analisados. A hipótese de que a substância tivesse sido colocada no suco também foi afastada.
A polícia não divulgou o nome da substância a fim de evitar que ela seja usada de forma criminosa, mas informou que se trata de um óxido inorgânico.
Ainda segundo a perícia, a substância não foi encontrada no lote de produtos apresentado pela doceria à Polícia, o que confirma que os doces foram envenenados após saírem da loja.
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Relembre o caso
O caso começou a ser investigado no dia 18 de dezembro, após a morte de Leonardo. A família se reuniu para um café da manhã e, cerca de três horas depois, ele e a mãe começaram a passar mal com dores abdominais, diarreia e vômitos. Ambos foram levados para o hospital, mas não resistiram e acabaram falecendo.
Além das vítimas, estavam no café da manhã o pai de Leonardo, que não ingeriu alimentos, e a ex-nora, apontada como a principal suspeita do crime.
A polícia revelou que as visitas da mulher à família do ex-namorado eram frequentes e ele ficava incomodado com a situação, pedindo até que diminuísse as idas ao local.
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