Os médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia anunciaram uma paralisação nos serviços nesta terça-feira (12/12).
De acordo com o Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego), os atendimentos estão paralisados desde às 7h e segue até às 7h de quarta (13). Entretanto, serviços de urgência e emergência serão mantidos, conforme determinação legal.
A decisão foi tomada após uma assembleia da categoria realizada no dia 4 deste mês. Nesta segunda-feira (11), houve nova consulta e a resolução foi mantida.
“Os gestores responsáveis pela Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia não atenderam integralmente às pautas de reivindicações apresentadas pelos médicos.”, informou o Simego em comunicado.
Reivindicação dos médicos vinculados à SMS de Goiânia
Segundo o sindicato, há várias reivindicações da categoria e entre elas estão as condições de trabalho, atraso nos pagamentos, férias, falta de insumos e segurança nos locais de atendimento à população.
Conforme a presidente do Simego, Franscine Leão, há falta de insumos básicos para o atendimento, medicamentos e receituário. Além disso, afirma que a SMS impôs que os profissionais atendam um paciente a cada 15 minutos.
Outra pauta levantada é a segurança no ambiente de trabalho. Segundo a gestora, três médicas foram agredidas recentemente durante o atendimento por falta de insumos.
Além disso, segundo Franscine, há atraso constante no pagamento e a categoria também pede reajuste salarial, que não ocorre há cinco anos. Atrelado à isso, os profissionais também reivindicam o direito de um descanso anual de 30 dias, visto que atualmente o trabalho é feito de forma contínua e ininterrupta.
Prefeitura de Goiânia
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que todas as solicitações do sindicato foram atendidas e que, no momento, todas as unidades estão abastecidas de medicamentos e insumos. Além disso, afirmou que conta com sistema de segurança nas unidades de saúde e está em processo para manter GCMs nos locais.
Veja a íntegra da nota:
“A Secretaria de Saúde de Goiânia esclarece que todas as reivindicações do Sindicato dos Médicos de Goiás (SIMEGO) foram atendidas e que a entidade já foi comunicada a respeito deste fato. Estranha, portanto, o comunicado de greve.
O que não foi possível atender é porque não é permitido por lei. Por exemplo, os médicos são contratados como pessoa jurídica (PJ), após credenciamento, e por isso não é possível conceder a eles benefícios previstos em contratos celetistas (CLT), tais como: uso de atestado para justificar faltas e licença remunerada.
Quanto à questão de insumos e medicamentos, no momento, todas as unidades estão devidamente abastecidas com os principais itens e o estoque da maioria dos medicamentos e insumos previstos pela Rede Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume), está completo.
Sobre a estrutura das unidades, até o momento, a SMS já revitalizou 35 e há um cronograma para melhorias de várias outras.
Em relação à segurança, estão em operação 1.200 câmeras de monitoramento em todas as unidades de saúde, que também contam com botão de pânico para acionamento da Guarda Civil Metropolitana (GCM). A Secretaria está finalizando um processo que vai manter os GCMs nas unidades de urgência por 24 horas.”