O novo suspeito de matar e estuprar a adolescente Amélia Vitória de Jesus, de 14 anos, apresentado pela Polícia Civil (PC), possui extensa ficha criminal e estava em liberdade provisória desde dezembro de 2022.
A identidade do suspeito foi revelada nesta terça-feira (5/12), depois que novas provas e laudos periciais o indicaram como autor do crime. Agora, a polícia não descarta que novas vítimas apareçam.
Provas que levaram a prisão do suspeito de matar Amélia Vitória
De acordo com a Polícia Civil (PC), Janildo Silva Magalhães foi apontado como autor do crime contra Amélia Vitória através do DNA registrado no banco genético.
Os dados dele já constavam no Banco Nacional pois responde na Justiça por um crime de estupro praticado em 2017, em Rio Verde. Desta forma, foi possível fazer a comparação.
Segundo o superintendente de Polícia Técnico-Científica Ricardo Matos, foi encontrado esperma do suspeito na região íntima de Amélia. No local para onde ela foi levada e morta, também foram encontrados sangue, fios de cabelo e roupas íntimas.
Além disso, imagens de câmeras de segurança também foram fundamentais na identificação do suspeito, que foi flagrado levando a adolescente em uma bicicleta.
Prisão
No momento da prisão, Janildo Silva, de 38 anos, apresentado pela Polícia Civil como autor do crime, estava em casa com a mãe e a irmã, que já haviam notado um comportamento estranho no suspeito, devido seu histórico violento.
À polícia, as parentes disseram que acharam estranho os horários que o homem ficou fora de casa durante os dias de Amélia ficou desaparecida. Além disso, ele também apresentava comportamento estranho sempre que comentavam sobre o caso em casa.
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Em depoimento, a irmã de Janildo também contou que no dia seguinte ao desaparecimento de Amélia, ele rasgou a camiseta que estava usando e deixou em um canto da casa, mas ela pegou e guardou. Além disso, segundo a polícia, ele também pintou a bicicleta para evitar a identificação.
“Ele saiu de casa já com um comportamento estranho. A mãe dele diz que ele falou: ‘Eu vou sair, não me espere. Não sei se vou voltar amanhã e nem se vou estar vivo’. No dia seguinte, retornou já com outro comportamento, dizendo que ia pintar a bicicleta e depois sempre ficando alterado com reportagens da menina na televisão”, contou o delegado Eduardo Rodovalho.
Histórico criminal
Na decisão pela prisão preventiva e acesso aos dados do celular em desfavor do investigado, o Juiz Leonardo Naciff Bezerra, detalha que o homem possui diversas passagens criminais.
Atualmente, ele estava em liberdade provisória desde o dia 11 de dezembro de 2022, ou seja, aguardando julgamento por um crime de roubo.
No histórico criminal, Janildo possui registros por por estupro de vulnerável e furto de celular (2015), homicídio doloso (2018), furto (2019) e roubo a transeunte (2016) e roubo qualificado e posse de drogas para consumo próprio (2016), bem como condenações transitadas em julgado, por roubo qualificado e receptação.
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