A mãe do menino de dois anos que morreu após ser esquecido dentro de uma van escolar nessa terça-feira (14/11), na zona Norte de São Paulo, alegou que o filho chorou ao entrar no veículo antes de ir para a escola.
O menino foi colocado na van por volta das 7h, mas não foi deixado na unidade de ensino pelo motorista e a criança só foi encontrada dentro do veículo por volta das 16h20.
Menino esquecido dentro da van escolar
Após o menino ser encontrado dentro do veículo, ele foi levado ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli, mas já chegou na unidade sem vida.
“Ele estava tão bem, mas quando eu fui por ele na perua ele chorou, não queria ir. A auxiliar sempre colocava ele na frente, mas ela colocou ele no banco de trás e esqueceu do meu filho”, relatou a mãe da criança.
Em depoimento à polícia, o condutor do veículo e a mulher dele que é auxiliar, contaram que buscaram a criança em casa para leva-lo até a creche, mas relataram que só lembraram do garoto depois do almoço, quando buscaram o veículo novamente para buscar as crianças na creche.
O caso foi registrado como homicídio contra menor de 14 anos e o condutor e a esposa foram presos, mas ganharam liberdade provisória após a audiência de custódia.
A suspeita da polícia é que o menino morreu devido ao calor, porém só o laudo irá apontar a causa da morte.
Família clama por justiça
A mãe da criança afirma que foi irresponsabilidade do condutor e da esposa, já que trabalhar com criança exige responsabilidade dobrada.
“Eu nunca pensei em passar por isso, é muito difícil saber que eu deixei meu filho na perua pensando que ele estava seguro e fui trabalhar. Mas, sabe, pressentimento de mãe”, relatou.
A avó da criança também lamentou o ocorrido e citou sobre a atitude do casal responsável pela van.
“Deixou a perua no estacionamento, num calor terrível só foi perceber [que o menino ainda estava atrás] na hora de entregar as crianças. Eles não tiveram culpa, mas foi irresponsabilidade. Minha filha quer Justiça. Quem cuida de criança tem que ter o máximo de responsabilidade”, pontuou.
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