A Justiça de Goiás mandou soltar os dois policiais penais suspeitos de facilitar a fuga de 14 detentos do presídio de Trindade no dia 15 de outubro.
Os dois servidores haviam sido presos em flagrante e tiveram a prisão convertida para preventiva.
Fuga de presos em Trindade
Como o inquérito não ficou pronto em 10 dias, como define a legislação, ambos os servidores conseguiram liberdade. Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), um dos servidores é vigilante temporário desde 2020 e o outro é policial penal de carreira, desde 2017.
Conforme as investigações, a Polícia Civil suspeita que o Comando Vermelho tenha pagado a esses agentes um valor de R$ 10 mil por cada preso que conseguisse escapar.
Ao todo, 14 detentos fugiram do presídio de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia, e ao menos dois morreram em confronto com a polícia. No dia da fuga, havia 30 pessoas na cela, mas 16 decidiram permanecer no local.
Para conseguir escapar do local, os agentes deixaram o cadeado de forma errada na porta da cela e os servidores que estavam na guarita não notaram os presos pulando a cerca e escapando pelo portão principal.
Conforme a decisão da juíza Francielly Farias Morais, da 3ª Vara Criminal, foi autorizada a prorrogação de prazo para a conclusão do inquérito e a liberdade dos agentes. Dentre as regras, esses servidores estão proibidos de exercer a profissão e também serão monitorados por tornozeleira eletrônica.,
Depoimento
A Polícia Civil alegou que os depoimentos dos servidores apresentam convergência, como na informação de quem trancou a cela de forma equivocada e de quem estava na guarida no momento da fuga.
Em relação ao prazo da conclusão do inquérito, a polícia afirmou que a falta de câmeras de segurança dificultou a investigação. Por sua vez, a DGAP disse que está em processo de licitação e que até em 2024 o presídio deve contar com o equipamento em todas as cadeias goianas.