Um casal está sendo procurado por enganar e abusar sexualmente de fiéis em uma igreja de Anápolis, a 55 km de Goiânia. O homem e a mulher, que seriam líderes da comunidade religiosa, estão foragidos.
Segundo as investigações, as vítimas eram membros da igreja e o casal se aproveitava da fé para cometer os atos libidinosos.
Entenda o caso
O caso foi descoberto no último dia 2 de outubro, depois que uma vítima procurou a delegacia para fazer uma denúncia. Entretanto, as investigações apontam que os crimes começaram a ser cometidos há cerca de dez anos, em 2013.
Até o momento, segundo a Polícia Civil, nove vítimas já foram identificadas, entre homens e mulheres, com idades que variam de 30 a 60 anos.
De acordo com a Delegada Isabella Joy, da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Anápolis, o homem dizia ser ‘pai espiritual’ e se aproveitava do posto e da vulnerabilidade das vítimas que procuravam refúgio na religião.
Conforme as investigações, ele dizia que os fiéis deveriam fazer uma campanha para solucionar os problemas pessoais. Desta forma, o homem levava as vítimas para casa ou ia na residência delas.
Durante a suposta campanha, o homem dizia que ‘incorporava anjos’ para ajudar as vítimas, mas que elas teriam que aceitar e cumprir as ordens determinadas. Neste momento, começava a sessão de abusos.
Em depoimento à polícia, as vítimas relataram que os suspeitos faziam com que elas entrassem em “estado de transe” e praticavam os atos libidinosos. Em alguns casos, houve conjunção carnal, inclusive, na frente da esposa.
“Ela não praticava ativamente os atos, mas sempre estava lá presente quando eles aconteciam. Apoiava o marido, dizia para as vítimas cumprirem as ordens dele”, afirma a delegada.
Conforme a delegada, o homem ainda gravava o momento do abuso e ameaçava as vítimas que tentassem desistir da suposta campanha religiosa.
Além disso, segundo as vítimas, ele mantinha um grupo de conversas no WhatsApp onde dizia aos fiéis que estava ‘incorporado’ e poderia responder dúvidas.
Diante dos fatos, o casal deve responder pelo crime de violação sexual mediante fraude e o homem ainda por estupro.
Denúncia
Segundo a Polícia Civil, informações sobre o paradeiro de Vanderlei de Oliveira e a esposa dele, Maria de Lurdes dos Santos Oliveira, ou quiser denunciar que sofreu algum abuso, podem ser repassadas à polícia pelo 197. Também estão disponíveis os telefones: (62) 3328-2731 e (62) 9 8531-0086. As denúncias podem ser feitas de forma anônima.
A divulgação da imagem e identificação do preso foi precedida nos termos da Lei nº. 13.869/2019 e Despacho do Delegado de Polícia responsável, tendo em vista o interesse público em fomentar a colaboração de testemunhas.