Os servidores da educação decidiram manter a greve em Goiânia que foi estabelecida desde o dia 2 de outubro. A paralisação das atividades acontece devido à falta de acordo com o Paço Municipal.
Nesta quarta-feira (4/10), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação realizou mais uma Assembleia que reivindica um projeto de lei sobre os contratos da Educação.
Servidores da educação mantém greve por unanimidade
No dia 29 de setembro os servidores administrativos da educação, tentaram um acordo com o Paço Municipal para que a prefeitura apresentasse um plano de melhoria para a área, mas com a falta do posicionamento do órgão responsável, por unanimidade a greve foi mantida pelos administrativos da Rede Municipal de Goiânia.
A greve acontece devido a data-base 2023 e pelo novo plano de carreira, além da equiparação no auxílio locomoção. Conforme a presidente do Sintego, Bia de Lima, ela conversou com a prefeitura e os vereadores da capital para que o projeto de lei que eterniza os contratos na rede não seja aprovado.
“Os/as Administrativos/as reafirmam seu compromisso com a luta para que a Prefeitura, possa de verdade, apresentar uma proposta condizente com a questão da equiparação do auxílio locomoção, o plano de carreira e a data-base, essa é a pauta”, ressaltou Bia de Lima.
A próxima Assembleia dos Administrativos da Educação está marcada para a próxima sexta-feira (6/10), às 9h, em frente à Câmara Municipal de Goiânia, que deverá decidir quais os próximos rumos da paralisação.
Serviços afetados
De acordo com o Sindicato, os servidores que entraram em greve trabalham nas áreas da limpeza, portaria e auxiliar de sala e secretaria. Em nota, o Sintego chegou a comunicar que as crianças do município de Goiânia ficariam sem alimentação, salas e banheiros limpos, sem porteiros e sem auxiliares nas salas devido à greve e principalmente por falta de acordo com a prefeitura.
Como forma de justificativa, a Prefeitura informou que o município está enfrentando queda de repasses do Governo Federal, que prejudica o equilíbrio financeiro.
Para suprir a falta dos profissionais do administrativo, nesta segunda-feira (2/10) alguns servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) foram deslocados para algumas funções ligadas à limpeza e preparação de merendas em unidades de ensino da rede.
Os servidores da Comurg trabalharam em diversas unidades, sendo na Escola Municipal Izabel Esperidião Jorge, no Alto da Glória, no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Criança Feliz, localizado no Conjunto Vera Cuz, no Cmei Ipê Amarelo, no Jardins do Cerrado e no Cmei Domiciano de Faria no Residencial Eli Forte.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia alegou que o deslocamento dos servidores da Comurg é para que as atividades escolares sejam mantidas afim de que os alunos e as famílias não fiquem prejudicadas.
Nota da Prefeitura na íntegra
“A gestão municipal trabalha para garantir atendimento aos estudantes de Goiânia e segue dialogando com os servidores administrativos.
A prioridade, neste cenário, é garantir que as famílias não sejam prejudicadas. O remanejamento legal de servidores operacionais, quando necessário, para ocupações operacionais em escolas e Cmeis contribui com a garantia do direito essencial à educação.
Além de atrasar o ano letivo, a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem no momento em que os estudantes estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia.
Propostas apresentadas pela categoria estão sendo avaliadas com responsabilidade fiscal, uma vez que Goiânia, assim como todos os municípios brasileiros, apresentou queda de repasses federais”.