Os servidores administrativos da rede municipal da educação de Goiânia entraram em greve nesta segunda-feira (2/10). A paralisação já havia sido anunciada na semana passada e foi mantida após falta de acordo com Paço Municipal.
A decisão vai de encontro com a visão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que afirmou na última terça-feira (26), em breve coletiva de imprensa, não acreditar na necessidade de greve dos servidores da educação.
Greve dos servidores da educação de Goiânia
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Goiás (Sintego), os servidores que entraram em greve atuam nas áreas da limpeza, portaria e auxiliar de sala e secretaria.
“As crianças do município de Goiânia, graças à morosidade da prefeitura vão ficar sem alimentação, sem salas e banheiros limpos, sem porteiros/as, sem auxiliares na secretária e também nas salas de aula.”, disse o sindicato.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia disse que o município enfrenta queda de repasses do Governo Federal, o que prejudica o equilíbrio financeiro. Além disso, informou que uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria. (Veja a íntegra no final do texto)
Até o momento, pelo menos um Cmei foi fechado e outros funcionam com horário reduzido. Desta forma, algumas unidades que funcionam em período integral terão funcionamento em meio período.
A decisão de deflagrar a greve foi tomada em Assembleia da categoria realizada na última sexta-feira (29), após várias tentativas de diálogo com o Paço Municipal.
Os profissionais reivindicam a data-base 2023 e pelo novo plano de carreira, além da equiparação no auxílio locomoção.
Uma nova Assembleia da categoria ficou agendada para o dia 4 de outubro, às 9h, na Câmara Municipal. O Sintego afirmou que segue aberto para às negociações para que o Paço Municipal apresente uma proposta concreta para a categoria.
Prefeitura de Goiânia
“A Prefeitura de Goiânia esclarece que a valorização dos profissionais é uma prioridade da gestão, e avalia com responsabilidade fiscal, orçamentária e técnica as demandas apresentadas pelos profissionais administrativos da educação, e segue em diálogo com a categoria, com mais uma reunião realizada nesta sexta-feira (29/9).
O município esclarece que, em decorrência da queda dos repasses do Governo Federal, as projeções apontam menor arrecadação dos municípios em todo país, o que prejudica o equilíbrio financeiro, além de impactar no limite prudencial de despesa com pessoal estabelecido em lei.
A atual gestão garante direitos adquiridos dos servidores, e investiu na criação do auxílio locomoção de R$300, quitação de três data-base, pagamento da folha dentro do mês trabalhado e convocação de aprovados no concurso. Além disso, uma comissão foi criada para reformular o plano de carreira da categoria.
A gestão municipal reforça a importância do trabalho desenvolvido por todos servidores, e avalia que uma paralisação pode afetar estudantes, interferindo no processo de ensino-aprendizagem no momento em que estão recuperando as aprendizagens perdidas na pandemia, e suas famílias, que dependem do acolhimento das unidades de ensino para que possam desenvolver suas atividades diárias.”.