A II edição dos Jogos Escolares Indígenas começa neste sábado (30/9) e segue até dia 2 de outubro, na Praia da Graciosa, em Palmas.
O evento é aberto ao público e tem o apoio do Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A cerimônia de abertura oficial está prevista para 19h deste sábado (30), com expectativa de um público de 10 mil pessoas.
Tocantins é o segundo estado do Brasil com o maior percentual de indígenas vivendo dentro de terras indígenas. Segundo o levantamento feito pelo Censo 2022 do IBGE, a porcentagem é de 75,98%. O estado fica atrás apenas do Mato Grosso, com 77,39%.
II edição dos Jogos Escolares Indígenas
O torneio indígena faz parte das comemorações dos 35 anos do Tocantins e reunirá 763 estudantes-atletas indígenas de 12 a 17 anos, de 35 escolas, representando 7 povos do Estado: Apinajé, Karajá-Xambioá, Krahô, Javaé, Karajá, Krahô-Kanela e Xerente.
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No total, serão 11 modalidades, sendo: arco e flecha, arremesso de lança, luta corporal, corrida de 100 metros rasos, corrida de resistência 2 mil metros, corrida de resistência 3 mil metros, corrida com varinha 4×100 metros, corrida com tora, cabo de guerra, natação e futebol society.
A participação nos jogos tem entre os critérios a força cultural das etnias, considerando tradições como a língua, a dança, os rituais, os cantos, as pinturas corporais, o artesanato e os esportes tradicionais.
Os atletas indígenas se enfrentarão em disputas individuais, em duplas e por equipes. A arena para os jogos foi montada na orla da Praia da Graciosa, e as disputas serão realizadas pela manhã e a tarde.
Além de assistir as disputas entre as equipes, os visitantes que passarem pela arena vão poder conferir de perto os artesanatos produzidos pelas mulheres das aldeias, entre colares, missangas, adornos e peças decorativas.
Os jogos também são uma oportunidade para promover o intercâmbio entre os próprios indígenas, e há uma troca de experiência referente às habilidades esportivas, praticadas entre as aldeias.
“Esse é o objetivo de fazer essa troca, porque tem povo que é mais habilidoso, como por exemplo na corrida de tora, outro na natação, cabo de guerra e luta corporal, exatamente isso, fazer essa troca de conhecimento”, disse o coordenador dos jogos Eduardo Morais.
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