A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou uma carta ao Governo Federal manifestando apoio a volta do horário de verão para movimentar a economia.
O documento foi apresentado ao presidente Lula, ao ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin e ao ministro do Turismo, Celso Sabino.
Volta do horário de verão tem como objetivo movimentar a economia
De acordo com a Abrasel, a retomada do horário de verão gera impacto direto no faturamento dos estabelecimentos, com crescimento entre 10% e 15%.
A implementação da medida beneficiaria um setor que gera renda direta para mais de 7 milhões de brasileiros e tem cerca de 1,5 milhão de empreendimentos no país.
Além disso, segundo a associação, a retomada do horário de verão movimentará não apenas o comércio, mas também o turismo, uma vez que os turistas estendem as programações até mais tarde.
“O retorno do horário de verão proporcionaria mais tempo de luz natural durante os dias, o que favorece o consumo e a frequência de clientes nos estabelecimentos, além de trazer mais movimento e segurança às cidades de um modo geral. Além disso, seria favorável para todo o país, afinal contribui para a economia de energia e reduz custos operacionais nas empresas, mesmo que não estejamos no momento com risco de desabastecimento”, afirma Paulo Solmucci, presidente da Abrasel.
Ministério de Minas e Energia
De acordo com o Ministério de Minas e Energia (MME) não há necessidade de implantação do horário de verão em 2023.
“Em virtude do planejamento seguro implantado pelo ministério desde os primeiros meses do governo, os dados não apontam, até o momento, para nenhuma necessidade de implementação do horário de verão”, disse a pasta, em nota.
O horário de verão foi criado em 1931, mas extinto em 2019, com base em estudos que apontaram a pouca efetividade na economia energética.
Quando foi instituído, o conceito de adiantar o relógio em uma hora durante os meses de outubro de fevereiro tinha como finalidade a diminuição do consumo de energia elétrica durante o período de maior demanda, geralmente ocorrido por volta das 18 horas. Essa medida visava também promover a economia de energia através do aproveitamento ampliado da luz natural.