O pai das meninas que foram mortas pela mãe se posicionou após o pedido de absolvição do Ministério Público e afirmou estar “injustiçado” com a decisão. O crime ocorreu no dia 22 de setembro, na cidade de Edéia, no sul de Goiás.
As vítimas tinham entre 6 e 10 anos e, atualmente, a autora do crime aguarda a decisão para ser transferida para uma clínica psiquiátrica.
Pedido de absolvição
O Ministério Público de Goiás (MPGO), pediu a absolvição da mulher em setembro deste ano, como justificativa, o órgão alegou que a medida seja decretada pela Justiça como uma segurança que “se afigura mais benéfica para o tratamento”, nos moldes do Programa de Atenção Integral ao Louco Infrator (Paili).
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Conforme o laudo pericial realizado pela Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), a autora do crime de 32 anos, sofre transtorno psicótico e no dia do crime estava “incapaz de entender o caráter lícito do fato”.
Após os órgãos apresentarem as justificativas, o pai das vítimas afirmou não concordar com o documento, já que o crime foi planejado.
“É um absurdo tendo em vista tudo que ela fez. Além disso, ela premeditou tudo, tanto que comprou a faca usada no crime dias antes e a escondeu em casa. Ela também torturou as meninas antes de matá-las […]. É uma sensação de injustiça e de raiva. Minhas meninas estão lá sepultadas”, relatou
Relembre o caso
A mãe das vítimas e acusada pelo crime, matou as filhas em setembro de 2022 dentro da própria residência. Ela teria asfixiado as filhas, além de eletrocutá-las e afoga-las. A mulher ainda confessou que desferiu golpes de faca contra as crianças.
Após cometer o crime, a mulher fugiu do local e foi encontrada em um matagal próximo a residência. Durante as investigações, ela afirmou que matou as filhas para proteger as meninas de violência doméstica.
Por sua vez, o marido da mulher informou ao Judiciário que já havia notado sinais de transtornos e que ela estava ameaçando matar todos da família envenenados, mas que nunca pensou em procurar tratamento específico para a mulher.
A acusada está respondendo por duplo homicídio qualificado e se a decisão judicial for concretizada, a mulher será transferida para uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia.