O Ministério Público de Goiás (MPGO) pediu a absolvição e tratamento de Izadora Alves Faria, de 32 anos, acusada de envolvimento na morte das filhas em Edéia, no sul de Goiás.
Além disso, o órgão também solicitou que seja decretada pela Justiça uma medida de segurança que seja benéfica para seu tratamento, conforme o Programa de Atenção Integral do Louco Infrator (Paili).
O pedido do MPGO acontece antes da decisão judicial que atesta se a acusada passará ou não por júri popular. Na petição, o órgão afirma que há indícios suficientes sobre a materialidade do crime, mas um laudo homologado pela Justiça atesta que a mesma não se mostra “capaz de entender o caráter ilícito de seus atos”, se tornando inimputável.
A Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO), que assumiu o caso, também solicitou a absolvição da acusada, especialmente pelo exame de insanidade mental, além da fixação de tratamento ambulatorial adequado.
Em fevereiro deste ano, Izadora passou por exames e um laudo pericial da Junta Médica do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) apontou que ela sobre de transtorno psicótico e que era “inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato” no momento do crime.
Relembre o caso da mãe envolvida na morte das filhas em Edeia
O crime aconteceu em setembro de 2022, quando a mulher matou as duas filhas, maria Alice, de 6 anos, e Lavínia, de 4. Ela teria asfixiado as filhas, tentado eletrocutá-las e afogá-las. Posteriormente, também teria deu golpe de facas nos corpos das crianças.
A mulher foi presa horas após o crime em um matagal, após tentar tirar a própria vida. À Justiça, ela afirmou que tinha a intenção de matar as filhas para as proteger e fugir de uma série de violências domésticas. Ela teria, inclusive, tentado comprar uma arma e veneno.
O marido da mulher contou ao Judiciário que já havia percebido sinais de transtornos e que ela disse que mataria todos envenenados. Apesar disso, conta que nunca sugeriu tratamento especializado para ela.
A mulher agora é acusada por duplo homicídio qualificado e aguarda decisão judicial em uma clínica psiquiátrica em Aparecida de Goiânia.