Durante o ensino médio e em algumas grades curriculares do ensino superior, nós aprendemos sobre uma série de processos químicos, os quais se relacionam com estudos acadêmicos e até mesmo indústrias. É a partir de técnicas e ferramentas que as ciências se desenvolvem e se aprimoram.
Naturalmente, essas técnicas e ferramentas variam em complexidade, tanto no uso quanto no entendimento. Como consequência, algumas delas acabam “passando batidas”, mesmo sendo extremamente importantes para a produção de alimentos, objetos e especialmente fármacos tão conhecidos.
No texto de hoje nós vamos nos focar em uma dessas técnicas, a titulação. Do que ela trata? Existem diferenças entre os tipos de titulação? Qual o seu uso prático nos estudos acadêmicos e nas indústrias? Quais ferramentas são utilizadas? Nos tópicos abaixo, nós vamos responder essas e outras perguntas.
A técnica da titulação
Dentro das análises químicas, o tipo de reação mais comum é a neutralização, a qual ocorre quando misturamos duas substâncias, um ácido e uma base. A partir desse processo químico, informações são encontradas. É exatamente essa a explicação por trás da técnica conhecida como “titulação”.
A titulação também ganha os nomes de volumetria, titrimetria e análise volumétrica, mas todos os termos significam a mesma coisa: técnicas utilizadas para descobrir a concentração de uma substância em uma determinada amostra. Essa substância sobre a qual buscamos informações é o “analito”.
É claro que esta é uma explicação relativamente superficial e, quando analisada com mais calma, requer outros conhecimentos sobre química para ser compreendida. De qualquer forma, é possível perceber o que a titulação busca e como ela é realizada em estudos laboratoriais e nas indústrias.
O uso da titulação em múltiplos setores
A titulação serve a diferentes propósitos, sendo um dos mais comuns a análise da pureza de substâncias. Como resultado, ela está presente em indústrias diversas, como a farmacêutica, a alimentícia e até mesmo a automobilística, todas as quais se utilizam de diversos processos químicos.
No caso da indústria farmacêutica, por exemplo, a titulação auxilia na identificação de substâncias que causam efeitos colaterais, o que permite aos cientistas desenvolverem alternativas a partir dos resultados. Em todos os casos, existe um grande enfoque na segurança do que é desenvolvido.
É válido também destinar um espaço exclusivo ao uso da titulação em âmbitos acadêmicos, o que tem ligação estreita com as indústrias, mas também pode ser visto de maneira filantrópica, focando-se no desenvolvimento de novas tecnologias que contribuem para a melhora da qualidade de vida.
As ferramentas usadas na titulação
A principal ferramenta utilizada na titulação é o titulador, o qual serve para automatizar processos e trazer resultados mais adequados. Os tituladores mais modernos possuem conectividade completa com computadores, o que torna possível armazenar e comparar resultados de maneira mais simples.
Os principais tituladores auxiliam na titulação potenciométrica, uma das mais recorrentes e precisas. Algumas dessas ferramentas são o Ti-Touch, Eco Titrator, Titrando e Titulador OMNIS, produzidos pela Metrohm, empresa líder mundial no ramo. Naturalmente, os tituladores trazem distinções entre si.
Podemos destacar também o Titrotherm, o qual supera algumas limitações da titulação potenciométrica e permite que a técnica seja desenvolvida a partir da titulação termométrica. Os resultados finais são igualmente precisos e rápidos, mas destinados a situações mais específicas.
Os diferentes tipos de titulação
No tópico anterior, nós falamos brevemente sobre o fato de que existem múltiplos tipos de titulação. Pois chegou a hora de explicá-las! As quatro principais são a titulação ácido-base, a oxidação-redução, a precipitação e a complexação. Todas elas são realizadas em um contexto de estudos laboratoriais.
A titulação ácido-base é a mais simples de todas, já que funciona através de reações de neutralização, comuns em estudos da química mesmo durante o ensino médio. De maneira geral, as substâncias utilizadas são um ácido e uma base. É a partir da reação entre eles que se obtém alguns dados.
O processo de titulação traz as etapas de pesagem da amostra, dissolução da amostra, solução-problema, transferência de alíquota e, por fim, a titulação em si. Embora seja possível realizar a titulação sem um titulador, isso só é feito em contextos acadêmicos, fora dos âmbitos industriais.
E aí, deu pra entender mais ou menos o que é a titulação e como ela funciona? É quase impossível discutir as análises químicas sem mencioná-la, considerando que se trata de uma das técnicas basais que permitem uma variada gama de estudos científicos mais aprofundados em diferentes campos.
De acordo com tudo o que foi falado até aqui, nós temos certeza que, da próxima vez que checar as informações técnicas de um alimento ou ler a bula de um remédio, você com certeza vai se lembrar da titulação. Sem ela, vários processos não teriam a mesma segurança ou sequer existiriam.