O acusado pelo assassinato do sogro dentro de uma farmácia de Goiânia, que ocorreu no dia 27 de julho de 2022, mudou a versão do crime durante depoimento.
Como forma de justificativa, a defesa do acusado alegou que o homem cometeu o crime após entrar em surto devido ao boletim de ocorrência registrado pela vítima horas antes do ocorrido.
Assassinato em farmácia de Goiânia
Na fase inicial do processo e durante depoimento, o acusado alega que não sabia o motivo que ele entrou na farmácia e que segundo ele, havia sido ameaçado pela ex-namorada.
“No momento que eu estava no celular com ela, ela ameaçou que ia mandar matar eu e minha mãe. Que é o momento que eu entro na farmácia, ‘viro a chave’ e saio daquela forma. Na verdade, entrei na farmácia não sei se era pra matar ou que era para acontecer. Eu não tinha intuito de nada. Só entrei por impulso”, alegou.
A defesa do réu afirma que essa versão já tinha sido apresentada em outros depoimentos.
“Primeiramente foi solicitado um exame de insanidade mental, a psicóloga que assinou o laudo acha que ele é inimputável, o psiquiatra preferiu alegar que ele é plenamente capaz. Contestamos isso com um novo laudo particular e não mudamos versão para o ocorrido. Todas essas informações estão no processo desde o começou”, ressaltou o advogado.
Ainda conforme o andamento das investigações, o acusado alegou que o sogro ainda o ameaçava durante todo o relacionamento, e que o idoso de 63 anos, policial civil aposentado, apontou o revólver contra ele por diversas vezes.
Relembre o caso
O crime ocorreu no dia 27 de julho em uma farmácia localizada no Setor Bueno, em Goiânia. As câmeras de segurança registraram o momento em que o acusado pula sobre o balcão do estabelecimento, dispara contra a vítima e logo em seguida foge.
A ex-namorada do acusado, informou para a polícia que o homem não aceitava o fim do relacionamento e ligou para ela antes de cometer o crime, afirmando que mataria o sogro. Na época, o investigado alegou que ficou com raiva após o homem registrar um boletim de ocorrência contra ele, pois ele estava tentando ingressar na carreira policial e com o registro do boletim não seria possível.
O homem ficou foragido por dois dias, mas foi encontrado na casa de alguns familiares. A mãe do investigado chegou a citar que o filho usava diariamente remédios para tratar transtornos mentais. A defesa chegou a pedir um exame de insanidade mental, mas o laudo médico pericial apontou que ele não possui nenhum transtorno.
Além do assassinato contra o sogro, o homem ainda foi condenado por ameaça e violência contra a ex-namorada.