Teve início na manhã desta terça-feira (29/8), o julgamento dos dois últimos acusados de matar a jovem Ariane Bárbara Laureano de Oliveira. O crime aconteceu no dia 24 de agosto de 2021.
A mãe da jovem, Eliane Laureano, começou a ser ouvida e relembrou o dia do crime. Ela também falou sobre os momentos que viveu e lembranças que tem da filha.
Julgamento do caso Ariane Bárbara
Nesta terça (29) são julgados os réus Raissa Nunes Borges e Jeferson Cavalcante Rodrigues, que estão presos.
A previsão é que Raíssa Nunes permaneça em silêncio durante o julgamento. Segundo o advogado de defesa, Luciano Rezende, as provas são robustas e comprovam a não participação de Raíssa no homicídio.
Já a defesa de Jeferson Rodrigues, se concentrará em evidenciar que ele não gostaria de estar presente no momento do crime. O advogado de defesa, Luiz Carlos Ferreira, abordará também o fato de que o depoimento dele permanece o mesmo desde o início.
Uma quarta pessoa, à época com 16 anos, também foi apontada por envolvimento no crime. O caso segue em sigilo.
Depoimentos
A mãe de Ariane Bárbara foi a primeira a ser ouvida durante o julgamento. Emocionada, ela relembrou como a filha era e como conheceu os acusados.
“Ela era minha parceira, porque eu fui mãe solo, então era eu e ela. Ela gostava muito de dançar, depois ela começou a gostar da pista de skate, que foi quando ela conheceu esses assassinos”, disse.
Eliane Laureano também falou que os acusados conversaram com ela após o crime e criaram um grupo de troca de mensagens para supostamente auxiliar nas buscas.
“O que mais me dói é que todos eles sabiam onde minha filha estava”.
Em seguida, o agente de polícia José Oliveira, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios, responsável por encontrar o corpo da vítima, foi ouvido. Ele foi questionado sobre a participação dos réus no crime e enfatizou que Jeferson é réu confesso e contou como tudo aconteceu.
“Ele é réu confesso. Nos contou toda a história. Ele disse que sentia uma agonia do peito e que a prisão era um alívio, pois poderia contar.”
Lucas Medeiros de Sousa, agente de polícia na época do crime, mas atualmente bombeiro militar, foi o terceiro a prestar depoimento no julgamento. Ele falou sobre o envolvimento de uma menor no crime e afirmou que os envolvidos queriam colocar a culpa nela.
Além disso, Medeiros também informou que o uso de drogas em cima da faca utilizada no crime impossibilitou a completa coleta de impressões digitais dos acusados.