A Polícia Civil de Goiás (PCGO) cumpriu, na manhã desta terça-feira (22/8), mandados de busca e apreensão contra uma falsa esteticista que atuava em Goiânia.
Segundo a corporação, a mulher é investigada pelo exercício ilegal da medicina e também por lesão corporal. Até o momento, sete vítimas foram identificadas.
Falsa esteticista que atuava em Goiânia receitava remédios controlados
De acordo com as investigações, a mulher, de 34 anos, atuava em quatro clínicas de estética de Goiânia, realizando procedimentos como preenchimento labial, correção de bigode chinês, olheiras e outros.
Entretanto, a mulher não era habilitada para exercer a profissão, tendo formação apenas no ensino médio. Em alguns casos, segundo a polícia, além de esteticista, ela também fingia ser biomédica.
Segundo o delegado Wellington Lemos, a mulher adulterou e falsificou diplomas de graduação e pós-graduação em estética. Desta forma, ela atuava ilegalmente na profissão.
Até o momento, sete vítimas procuraram a delegacia para denunciar o caso, sendo que duas apresentaram laudo médico comprovando as lesões causadas pelos procedimentos realizados pela investigada. Entre as queixas das vítimas estão inchaços, edemas, perda de sensibilidade, deformação temporária e muita dor.
Ainda conforme as investigações, quando as vítimas procuravam a falsa esteticista para relatar que os procedimentos não deram certo, ela receitava medicamentos até mesmo de uso controlado. Segundo a PCGO, a mulher chegou a realizar um procedimento em si mesma, que também teria dado errado.
Mandados
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na casa da falsa esteticista. No local foram encontradas substâncias, anestésicos e seringas, que supostamente eram utilizadas nas aplicações. Também foram apreendidas fichas com registros de 180 pessoas, que teriam sido atendidas nos últimos três anos.
Segundo a corporação, dois estabelecimentos onde a mulher atuava também foram interditados.
Conforme a polícia, a investigação está em fase inicial, por isso, a mulher não foi presa. Entretanto, caso seja condenada, ela poderá responder por exercício ilegal da profissão e da medicina e lesão corporal.