O padre Robson de Oliveira Ferreira voltou, neste domingo (13/8), a participar de missas após quase três anos de suspensão das atividades religiosas pela Arquidiocese de Goiânia.
O religioso foi acolhido pela Catedral Sant’Ana em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, e participou da celebração de Dia dos Pais, presidida pelo diocesano Dom Pedro Luiz Stringhini.
A missa contou com a participação de diversos devotos, que saíram, inclusive, de outros estados, como Minas Gerais e Goiás. Dom Pedro Luiz Stringhini ressaltou o apoio à nova fase vivida pelo religioso.
“A Diocese de Mogi teve a graça e a alegria de acolher o padre Robson de Oliveira Pereira, em uma nova fase da vida dele, com todo o vigor, todo o carisma que ele tem. Basta ver a Catedral lotadíssima com fiéis de todos os lugares, até com sacrifício, para participar e rezar junto dele”.
Durante a celebração da missa, Padre Robson agradeceu o apoio dos fiéis e falou que sofreu perseguição religiosa.
“Obrigado pelas preces de vocês durante esses quase três anos, porque, na igreja, a sabedoria deve ser uma grande virtude, para que ela se mostre unida cada vez mais. Tudo foi esclarecido e, pela graça de Deus, a igreja reconheceu que tudo que fizeram contra mim não passou de uma perseguição maldosa e muito conveniente para o momento da história em Goiás.”.
Em comunicado, o bispo Dom Pedro Stringhini disse que padre Robson terá uma experiência na diocese durante três anos e, depois, decidirá vai continuar no local ou voltar para a congregação. Além disso, ele celebrará as próximas três missas de domingo. (Confira a íntegra abaixo)
“Agradeço muito a acolhida da Diocese e desejo à todos muita força, saúde, e que nossos pais sejam muito abençoados. Eu só tenho a agradecer. Que nossa vida seja sempre abençoada e que Deus lhes pague pela acolhida”, disse durante a missa.
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Acusações
Padre Robson de Oliveira foi alvo da Operação Vendilhões, em 2020, época que era reitor da Basílica Divino Pai Eterno, em Trindade, e presidente da Afipe.
Ele foi denunciado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) por suspeita de desvio de R$ 120 milhões fruto de doações dos fiéis.
Em abril de 2022, todos os processos contra ele foram arquivados definitivamente pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Nas redes sociais, ao anunciar o término das suspensões religiosas, o padre afirmou que as acusações contra ele eram absurdas e disse ser ‘totalmente inocente’.
Comunicado do bispo diocesano sobre o padre Robson de Oliveira
“Dom Pedro Stringhini, por mercê de Deus e da Santa Sé Apostólica, Bispo Diocesano de Mogi das Cruzes, por meio deste, comunica aos Reverendíssimos Senhores Padres, Diáconos e aos fiéis diocesanos em geral que, depois de ouvir o parecxer do Revmo. Mons. Antônio Robson Gonçalves, Vigário Geral, e dos membros do Conselho de Presbíteros da Diocese de Mogi das Cruzes, decidiu acolher na Diocese de Mogi das Cruzes o Revmo. Padre Robson de Oliveira Pereira CSsR, que solicitou sua saída da Congregação do Santíssimo Redentor (Redentorista), em conformidade com o cânon 691 do Código de Direito Canônico, para futura integração ao clero diocesano, quando o referido presbítero, obtido o indulto do Dicastério para os Intitutos de Vida Consagrada, iniciar o período de incardinação ad experimentum por 03 (três) anos, nesta Diocese.
Informar ainda que ao Padre Robson de Oliveira Pereira foi concedido o Uso de Ordens e a autorização para residir e exercer o seu ministério sacerdotal no território da Diocese de Mogi das Cruzes.
Ao clero e demais fiéis diocesanos que fraternalmente acolhem Padre Robson de Oliveira Pereira, saudação e benção.”