Uma grávida, de 37 anos, perdeu o bebê após passar por três hospitais em trabalho de parto, em Itaberaí e Goiânia. O parto, que deveria ter sido feito com urgência, só foi realizado um dia depois.
Agora, o caso é investigado pela Polícia Civil, depois que a família abriu um boletim de ocorrências. O corpo do bebê foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).
Entenda o caso
Conforme o boletim de ocorrências, a mulher começou a sentir contrações no dia 16 de julho. No dia 21, deu entrada no Hospital Municipal de Itaberaí, por volta de 13h. Ela estava perdendo líquido e se queixava de dores, mas só conseguiu ser atendida às 19h, depois que fez um exame em uma clínica particular e retornou à unidade.
Após avaliação médica, a mulher foi transferida para o Hospital Estadual da Mulher (Hemu), em Goiânia, que a encaminhou para a Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, alegando que não havia indicação de alto risco.
Apesar da indicação inicial de urgência, a mulher só conseguiu a cirurgia cesariana no dia seguinte, sábado (22), por volta de 10h. Entretanto, o bebê nasceu morto.
Agora, a família aguarda o laudo do IML para constatar a causa da morte do bebê. Posteriormente, o corpo será levado para Itaberaí, onde será enterrado.
Em nota, o Hospital de Itaberaí disse que a consulta da paciente foi agendada e que todas as providências foram tomadas.
“Paciente deu entrada em nossa unidade hospitalar com consulta agendada com Ginecologista Obstetra, recebendo atendimento médico que tomou todas as medidas necessárias e encaminhou a mesma para unidade de referencia através do Complexo Regulador Estadual que após avaliação a vaga foi liberada pelo sistema para HEMU, a mesma foi encaminhada pelo município.”.
Já Hospital da Mulher e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, para onde a mulher também foi levada, disseram que está fazendo um levantamento do caso para entender o que aconteceu.
“O Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) informa que a diretoria tomou conhecimento do caso e iniciou a apuração dos fatos relativos à transferência da paciente para a sua unidade de retaguarda.
O Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL) também informa que está fazendo os levantamentos do caso, para os devidos esclarecimentos.”.