Três maternidades de Goiânia suspenderam as cirurgias eletivas e o atendimento de novos pacientes após o atraso no repasse de verbas por parte da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital.
A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc), responsável pela gestão das unidades, afirma que a dívida passa de R$ 67 milhões, com pagamentos em atraso de meses trabalhados também em 2021 e 2022.
Suspensão do atendimento em três maternidades de Goiânia
Com o atraso no repasse de verbas, a Fundahc afirma que não está conseguindo comprar os itens básicos para as unidades, como produtos de higiene, medicamentos, seringas, toucas, luvas, máscara, comida, além do pagamento dos funcionários.
Desta forma, foram suspensos os atendimentos que precisam desses insumos, como cirurgias e colocação de DIU. O agendamento de procedimentos eletivos também foi afetado.
As três maternidades que sofreram o impacto são: Hospital e Maternidade Dona Íris (HMDI), Maternidade Nascer Cidadão (MNC) e no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara (HMMCC).
Juntas, elas realizam cerca de mil partos mensais, 17 mil exames de laboratório e imagem, incluindo mamografia e ultrassonografias. Além de cerca 3,4 mil consultas, 150 cirurgias eletivas e 5,8 mil atendimentos de urgência e emergência.
A organização afirma que tentou diálogo com o Executivo Municipal, através de ofícios, mas não obteve retorno. Apesar disso, está aberta para solucionar o problema.
“A questão não é a falta de um profissional ou outro, é não conseguir soro, gaze ou alimentação. Uma unidade de saúde só funciona com qualidade e eficiência quando todos os agentes envolvidos entregam devidamente seus produtos e serviços”.
Em nota, a SMS informou que o Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara segue funcionando normalmente para casos de urgência e emergência e garantiu que a população não será prejudicada. (Confira a íntegra no final).
Nota da SMS
A respeito dos questionamentos realizados sobre o funcionamento do Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclarece o que se segue:
– Na manhã desta sexta-feira (21/07), representantes da secretaria estiveram reunidos com diretores da maternidade para uma negociação.
– A unidade de saúde está de portas abertas e atendendo normalmente os casos de urgência e emergência.
– Nenhum atendimento deixou de ser realizado e, independente de qualquer negociação, a população não sofrerá prejuízos.