O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou mais sete jogadores na Operação Penalidade Máxima II, que apura fraudes no futebol. O esquema ficou conhecido como “máfia das apostas”.
No total, foram 14 denúncias nesta quarta-feira (19/7), mas ao menos seis se repetem em relação às outras denúncias já realizadas. As informações são da revista Veja.
Jogadores denunciados no esquema de fraudes no futebol
De acordo com as investigações, os jogadores eram contratados para manipular os jogos, como receber cartões, cometer pênaltis e ter um placar certo em um período do jogo. O objetivo era favorecer as apostas esportivas.
Nas conversas interceptadas pelos investigadores, o grupo chegava a ter lucros superiores a R$ 700 mil em uma única rodada.
Entre os jogadores denunciados desta vez, segundo a Veja, está Dadá Belmonte, meia-atacante no América-MG, que não atua desde abril por causa de uma lesão. Em 2022, época que ocorreram os jogos investigados pelo MPGO, Dadá jogava pelo Goiás.
Um dos jogos investigados ocorreu no dia 5 de novembro de 2022, entre Goiás e Juventude. Na ocasião, o jogador Dadá teria recebido o montante de R$ 40 mil para receber um cartão amarelo.
Relato do MP: “A vantagem consistiu na promessa de pagamento de montante ainda não totalmente precisado, porém certo que pelo menos R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) foram encaminhados a ADAILSON (DADÁ BELMONTE), jogador do Goiás, antes mesmo da realização da partida, para que o atleta fosse punido com cartão amarelo”.
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Os outros jogadores denunciados, conforme divulgado pela Veja, são: Alef Manga, do Coritiba; Igor Cárius, do Sport; Jesus Trindade, ex-Coritiba; Pedrinho, ex-Athetico; Sidcley, ex-Cuiabá; e Thonny Anderson, ex-Coritiba.
Os jogadores denunciados aparecem em prints de conversas entre jogadores e apostadores. Os diálogos foram revelados após a prisão de três pessoas e a apreensão de dezenas de equipamentos eletrônicos da quadrilha.
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