Um homem de 46 anos que se passava por pai de santo é investigado por estuprar mulheres e adolescentes em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal.
De acordo com a Polícia Civil de Goiás (PCGO), o homem já havia sido condenado no DF por crime semelhante. Ele se aproveitava da condição de líder religioso para se aproximar das vítimas e cometer os crimes.
O investigado foi preso na última sexta-feira (7), em Luziânia, em decorrência de uma condenação a mais de 18 anos de prisão por crimes contra dignidade sexual contra vítimas no DF.
Entenda o caso
As investigações começaram em abril deste ano, quando oito vítimas, entre 16 e 40 anos, procuraram a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depai) e a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para denunciar casos de abuso sexual ocorridos em Luziânia desde 2022.
Conforme apurado pela polícia, o homem se identificada como “Pai José” e conduzia um templo na cidade. No local, ele se aproveitava da posição para manter relações sexuais ou mesmo importunar sexualmente as pessoas que participavam das cerimônias, em especial mulheres.
Relatos de vítimas já identificadas apontam que o homem as ameaçava para manter relações sexuais ou praticar atos libidinosos.
“O investigado sugeria que, caso não participassem dos atos ou não mantivessem com ele relações sexuais, morreriam ou alguém próximo viria a óbito, ou iriam contrair alguma doença.”, informou a polícia.
Após a denúncia das vítimas, o homem fugiu e mudou três vezes de residência. Ele então passou a ser monitorado pela equipe da DPCA, até ser preso na última sexta-feira (7).
O suposto pai de santo passou por interrogatório na segunda-feira (10) e usou o direito constitucional de permanecer em silêncio.
O Portal Dia não conseguiu localizar a defesa do suspeito até a última atualização desta matéria.
Outras vítimas
A Polícia Civil acredita que o investigado tenha feito outras vítimas em Luziânia e regiões próximas. Por isso, divulgou a imagem dele para possíveis denuncias.
“A divulgação da imagem e identificação do investigado se faz necessária, neste caso específico, tendo em vista a necessidade de que outras possíveis vítimas possam identificá-lo e, consequentemente, procurem os órgãos de justiça criminal.”.