A Vigilância Sanitária de Goiás proibiu a venda e uso de dois produtos estéticos da empresa CosmoBeauty. A interdição cautelar foi determinada após complicações em ao menos quatro mulheres que realizaram procedimentos estéticos.
A determinação foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (30) e assinada pela superintendente de Vigilância em Saúde (Suvisa) da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Flúvia Amorim.
Segundo a SES-GO, fica proibida a distribuição, comercialização e uso de todos os lotes dos produtos: InduMAX Fluído Coloidal Dermo Ultraconcentrado Tonificante – UP Glúteos, e InduMAX Fluido Dermo Bioestimulador e Preenchedor Filler-CA Harmony.
A gerente de Vigilância Sanitária da SES-GO, Eliane Rodrigues, explica que as empresas que já contam com estes produtos em seus estoques, precisam reter e guardar o produto durante a vigência da resolução.
“Tanto as clínicas de estética como os distribuidores são inspecionados pelas Vigilâncias Municipais, estamos orientando quanto às medidas necessárias para a suspensão de uso, comercialização e distribuição destes produtos”, reforça.
Segundo a gerente, o produto tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para aplicação de uso tópico. No entanto, as recomendações e divulgações do modo de uso estão sendo feitas para uso intradérmico.
Mulher vai parar na UTI após uso de produtos estéticos, em Goiânia
A Polícia Civil (PC) está investigando casos de mulheres que relataram ter problemas de saúde após o uso dos produtos estéticos.
Em um dos casos, uma mulher de 29 anos foi parar na UTI com embolia pulmonar e hemorragia no pulmão. Ela fez um procedimento estético no bumbum em uma clínica de Goiânia.
A mulher recebeu alta hospitalar na manhã deste domingo (1º) e, nas redes sociais, comemorou por estar ao lado do filho novamente: “Meu tudo”, escreveu.
Informações apontam que o local onde o procedimento foi realizado não possui alvará de funcionamento e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), também não tem registro junto à prefeitura da capital.
Um dos produtos utilizados na mulher faz parte dos lotes interditados pela Vigilância Sanitária. Além disso, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um dos produtos também não tem registro junto à agência.
Em comunicado, o laboratório responsável pelo produto disse que solicitou o recolhimento do lote para encaminhar para análise.