A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou, nesta sexta-feira (30/6), que vai manter a bandeira verde para o mês de julho. Desta forma, os consumidores não terão custos extras na conta de energia.
A bandeira tarifária verde está em vigor desde abril de 2022, devido às condições favoráveis de geração de energia no país, com os reservatórios das usinas hidrelétricas apresentando níveis elevados.
De acordo com a agência reguladora, no início do período seco, o nível de armazenamento dos reservatórios atingiu, em média, 87%, o que justifica o cenário positivo.
A previsão da Aneel é que a bandeira verde se mantenha ao longo de todo o ano de 2023, segundo dados disponíveis que possibilitam atualizações constantes das projeções para acionamento das bandeiras tarifárias.
Bandeiras tarifárias
As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel e refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Elas são divididas em diferentes níveis e indicam o custo atual da geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN), que abrange o fornecimento de energia para residências, estabelecimentos comerciais e industriais.
Quando a conta de luz é calculada sob a bandeira verde, não há acréscimos no valor. Porém, quando as bandeiras vermelha ou amarela são aplicadas, a conta sofre acréscimos que variam de R$ 2.989 (bandeira amarela) a R$ 9.795 (bandeira vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O Sistema Interligado Nacional é composto por quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, e praticamente todo o país é abrangido por esse sistema. Algumas partes dos estados da Região Norte e de Mato Grosso, bem como todo o estado de Roraima, não são cobertas pelo SIN.
Atualmente, existem 212 localidades do SIN, onde o consumo de energia é baixo e representa menos de 1% da carga total do país. Nessas regiões, a demanda por energia é atendida principalmente por usinas termoelétricas movidas a óleo diesel.