Uma operação da Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO), deflagrada na última quinta-feira (15/6), resultou na prisão de sete pessoas suspeitas de venda e falsificação de agrotóxicos.
A corporação suspeita que a quadrilha tenha movimentado cerca de R$ 100 milhões com o esquema. Durante a operação, uma aeronave avaliada em R$ 10 milhões também foi apreendida.
Falsificação de agrotóxicos e movimentação milionária
De acordo com a PCGO, a associação criminosa era voltada ao comércio ilegal e falsificação de agrotóxicos, bem como lavagem de dinheiro por meio de empresas de fachada, com a utilização de notas fiscais frias.
Além dos mandados de prisão, também foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão, sequestro de valores, bens, veículos e uma aeronave, nos estados de Goiás, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Maranhão.
A polícia ressalta que aeronave, apreendida em Jundiaí (SP), está registrada em nome de uma pessoa jurídica, possivelmente em nome de terceiros, que aparentemente não teriam condições financeiras para manter a aeronave e as propriedades rurais da empresa.
“A investigação continua para identificar quem são os verdadeiros proprietários desses bens que, de fato, estão aparentemente em nome de laranjas e que passam a ser investigados a partir de agora”, afirmou o delegado Marcos Oliveira, da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais.
Após a apreensão, o Estado de Goiás conseguiu judicialmente que o avião, modelo King Air C90, avaliado em R$ 10 milhões, seja utilizado nas ações dos Bombeiros de Goiás. A notícia foi dada nesta segunda-feira (19), no hangar da corporação.
Envolvidos
Entre os presos está um homem que foi encontrado em Cascavel, no Paraná. Ele tem mais de 16 mil seguidores nas redes sociais. Outro envolvido foi preso em Varginha, Minas Gerais. Na casa dele, a polícia encontrou R$ 175 mil em espécie, escondido no interior de um sofá. Entretanto, ele não soube explicar a procedência dos valores encontrados.
Em Goiás, uma mulher foi presa em Itumbiara, suspeita de ser secretária de um dos presos em uma operação anterior, deflagrada no início deste ano, também voltada ao combate ao crime de adulteração e venda de agrotóxicos.
Segundo o delegado Marcos de Oliveira, há suspeita que a organização criminosa tenha movimentado, em cinco anos, cerca de R$ 100 milhões com o esquema.
Até a divulgação desta reportagem, o Portal Dia não conseguiu localizar a defesa dos envolvidos, mas o espaço segue aberto para manifestação.