A febre maculosa é uma doença infecciosa grave transmitida por carrapatos da espécie Amblyomma cajennense, popularmente conhecido como carrapato-estrela.
A doença já fez seis vítimas fatais no Brasil neste ano, todas no Estado de São Paulo. No total, 49 casos da doença foram confirmados, sendo nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Em 2022, foram registrados 190 casos da doença no Brasil, com 70 mortes.
Febre maculosa
A febre maculosa ocorre quando uma pessoa é picada por um carrapato infectado com a bactéria. Os carrapatos são parasitas que se alimentam do sangue de animais infectados, como roedores, cavalos, bois, capivaras e gambás. Quando um carrapato infectado pica um ser humano, a bactéria é transmitida para a corrente sanguínea.
A doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e recebe esse nome devido à erupção cutânea (manchas vermelhas) que geralmente aparece no corpo dos pacientes infectados. A doença pode ser potencialmente fatal se não for tratada.
Os sintomas da doença incluem febre, dor no corpo, desânimo, náuseas, vômito, diarreia e dor abdominal. O diagnóstico é baseado nos sintomas clínicos, histórico de exposição a carrapatos e testes laboratoriais.
Não há possibilidade de transmissão através do contato de pessoa para pessoa e o tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos.
Mortes pela doença
Até o momento, já são seis mortes pela doença registradas no Brasil e todas no estado de São Paulo. Entre elas está o caso do piloto de automobilismo Douglas Costa, e a sua namorada, a dentista Mariana Giordano.
Ambos participaram de uma desta com feijoada no dia 27 de maio, em uma fazenda na área rural de Campinas, interior paulista. Uma outra vítima, de 28 anos, também frequentou o evento e faleceu no último dia 8 de junho.
Além disso, uma adolescente de 16 anos que também estava presente na mesma festa teve a morte confirmada na noite desta terça-feira (13).
Outras duas pessoas que também morreram pela doença moravam no município campineiro.
“É importante ressaltar que o município de Campinas é uma área endêmica, e que o período sazonal para a doença no país se estende de maio a setembro”, diz a nota do Ministério da Saúde.