Na tarde desta terça-feira (13/6), o ex-volante do Vila Nova, Marcos Vinicius Alves Bezerra, conhecido como ‘Romário’, não se apresentou para depor na CPI do Futebol, apesar de ter sido convocado para fazê-lo.
O motivo da ausência seria a impossibilidade de deslocar de Goiânia a Brasília por conta de “dificuldades financeiras”. É o que relatou a defesa do jodador.
CPI do futebol
O advogado de Romário, Odair de Meneses, explica que entrou com um requerimento para que o jogador seja ouvido por videoconferência.
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De acordo com ele, desde que ex-volante foi envolvido em denúncias sobre manipulação de resultados de jogos, o mesmo está sem emprego e não tem condições de ir até Brasília.
A defesa do jogador está aguardando uma resposta do gabinete da CPI para saber se Romário poderá prestar depoimento por videoconferência ou se a Câmara dos Deputados cobrirá as despesas de transporte até Brasília.
Meneses também afirmou que tem fornecido assistência jurídica a Romário de forma gratuita, considerando que o jogador não tem condições de arcar com os honorários advocatícios.
Outros dois convocados também não compareceram
Além de Romário, outros dois dos sete convocados também não compareceram à CPI.
Um deles é o jogador Eduardo Baurmann, que obteve um habeas corpus do Supremo Tribunal Federal (STF) que o isenta de comparecer para prestar depoimento à CPI. No entanto, ele e Romário estão registrados como “não localizados”.
O segundo ausente é Júlio César Motta, presidente da Comissão de Arbitragem de Goiás, cuja ausência está justificada na audiência da CPI.
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A comissão
No dia 17 de maio, a Câmara dos Deputados iniciou a instalação da CPI do futebol, com o propósito de investigar a manipulação de resultados em partidas de futebol.
A comissão terá um prazo de 120 dias para conduzir as investigações sobre esse tema, sendo criada em meio a uma operação policial que está apurando um esquema de fraudes no Campeonato Brasileiro e em competições estaduais.
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No requerimento que originou a CPI, o deputado Felipe Carreras, autor e relator da comissão, menciona casos suspeitos de manipulação de resultados em 13 partidas de futebol, devido a apostas esportivas, e destaca a falta de regulamentação adequada para esse setor.