A família de um menino de 2 anos e 4 meses, que teve morte cerebral após um afogamento, autorizou a doação de órgãos do pequeno para salvar a vida de outras três crianças no Brasil.
Atualmente, mais de mil crianças estão na fila de transplantes aguardando doação. A captação foi feita no Hospital Estadual de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), em Goiânia, que é o maior captador de órgãos no Estado de Goiás e um dos maiores no país.
Doação de órgãos
O menino deu entrada na unidade de saúde no dia 28 de maio e o diagnóstico de morte encefálica foi atestado dez dias depois, na última quinta-feira (8/6). Na sexta (9), as equipes médicas do hospital presenciaram o gesto de solidariedade.
Os rins e o fígado do menino foram retirados e destinados para crianças no Rio Grande do Sul e Minas Gerais que aguardam na fila de transplantes.
Ao levar o paciente para o centro cirúrgico, equipes do hospital formaram um corredor para aplaudir o doador. O momento foi marcado por emoção e comoção, dada a sensibilidade que envolve a captação de órgãos de um paciente pediátrico.
De acordo com a gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), Katiúscia Freitas, a doação segue a fila de transplantes nacional e o preparo da família é fundamental para auxiliar na decisão.
“Atualmente no país, cerca de mil crianças estão na fila aguardando um transplante. Diante da dificuldade nacional em ter doadores de órgãos, a doação pediátrica é ainda mais incomum. O preparo da equipe e o acolhimento da família nesse processo é fundamental para auxiliar na decisão da família.”.
A Dra. Teresa Cristina Godinho, que atua como médica na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hugol, enfatizou a persistente dificuldade enfrentada pela medicina devido à falta de órgãos disponíveis para transplantes.
“A doação transcende fronteiras e diferenças, unindo pessoas em um ato de altruísmo e generosidade. Como médica, incentivo a todos a refletirem sobre a importância da doação de órgãos.”
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