O Ministério Público de Goiás (MPGO) devolveu à Polícia Civil de Goiás (PCGO) o inquérito que apura o suposto assédio sexual do irmão da influenciadora Virgínia Fonseca, William Gusmão, contra uma mulher de 27 anos, em Jussara, noroeste goiano.
Segundo relato da mulher, a importunação ocorreu durante uma festa na cidade, quando ela pediu para tirar uma foto com Gusmão, momento em que ele teria colocado a mão dentro de sua calça. No entanto, após investigações realizadas pela PCGO, ela foi indiciada por falsa acusação.
Suposto assédio de irmão de Virgínia
Na última quarta-feira (31/5), o MPGO emitiu um documento solicitando a realização de novas diligências consideradas cruciais para a formação de opinião do órgão. Foi estabelecido um prazo de 20 dias para a conclusão dessas diligências.
Em resposta ao Portal Dia, o MPGO disse que ainda não está claro o que ocorreu. O órgão cita, por exemplo, que algumas testemunhas indicadas não foram ouvidas.
“O inquérito policial foi devolvido à delegacia para que sejam realizadas, num prazo de 20 dias, diligências que a promotoria considera imprescindíveis para formação da opinião do Ministério Público a respeito dos fatos. Além disso, durante a análise dos autos, verificou-se que as testemunhas indicadas não foram intimadas a prestar depoimento à polícia.”, disse o órgão, em resposta.
Segundo o MPGO, não foram realizadas diligências para verificar a existência de supostos vídeos mencionados.
Conforme informado pela Polícia Civil, a Delegacia de Jussara já atendeu às solicitações feitas pelo Ministério Público, tendo intimado a autora para apresentar o vídeo mencionado, assim como as testemunhas para serem ouvidas.
O que dizem as defesas
O Portal Dia entrou em contato com a defesa de William Gusmão, porém, até o fechamento desta matéria, não obteve resposta.
No entanto, o irmão de Virgínia Fonseca compartilhou uma nota de esclarecimento em suas redes sociais, assinada pela advogada Jordane Mota.
De acordo com a nota, a suposta vítima de assédio não será ouvida novamente, pois seu depoimento já consta no inquérito policial desde o início.
A advogada também disse, na publicação, que o MPGO intimou duas outras testemunhas indicadas pela suposta vítima, que deverão ser ouvidas.
“O MPGO intimou duas testemunhas que a indiciada indicou, que deverão ser ouvidas, e também requereu a oitiva da prima da indiciada, que sofreu agressões por parte dela, com corpo delito realizado comprovando as lesões”, disse a nota.
Jordane acrescenta que as agressões contra a prima ocorreram logo após o momento em que os relatos sobre a personalidade da suposta vítima de assédio foram incluídos no inquérito policial, com base em prints.
A equipe de jornalismo tem buscado entrar em contato com a defesa da mulher, porém, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno. O espaço permanece aberto.